22 dezembro 2006
Climie Fisher - Love Changes (Everything)
*sighs*
Não, ainda não é assim. Mas está quase.. já esteve mais longe.
Ânimo. :)
13 dezembro 2006
Pet Shop Boys - Numb
Quão ténue é a linha que divide o brincar do gozar?
Pois é, pois é. Como diria o outro: "Vai buscar!"
11 dezembro 2006
sono
- s. m.,
- estado de repouso periódico do corpo, especialmente do sistema nervoso, em que há uma cessação temporária da actividade dos órgãos dos sentidos e do movimento voluntário;
- desejo de dormir;
- estado de quem dorme.
Já tinha saudades de me sentir embriagada com sono. E com isso, dizer, fazer e sentir coisas que sóbria nunca dariam o mesmo prazer.
The Cars, Drive
Há coisas que não entendo.
Vai daí, é por isto que dizem que o amor é cego? Engraçado como sempre achei, segundo os contextos onde tal expressão era usada, que a cena do amor ser cego era porque importava mais a maneira como a pessoa era do que a maneira como se apresentava e se vestia e coiso. Talvez não. Talvez a expressão tenha uma contemplação bem mais ampla do que eu sempre imaginei e tenha andado enganada este tempo todo.
Acho piada (sem ter piada alguma) depois como as coisas se desmoronam. Como de palavras repletas de lamechice que não lembra a ninguém, se passa para o oposto da coisa e se dizem as maiores das barbaridades. Acredito piamente que, nas primeiras vezes, elas sejam apenas fruto da mágoa e da zanga e o raio; acredito também que, de tantas vezes serem ditas, acabam por ser como o sushi… primeiro estranha-se e depois entranha-se − e é esquisito. Então, mas espera... somos as mesmas pessoas? Ai somos. Ele há coisas que não entendo.
Entretanto, vão-nos dizendo de tudo. Quem está de fora tem sempre a maior das facilidades em apontar falhas, coisas que nos escaparam e tal. Aqueles conselhos, que sabemos serem os mais acertados, mas que nunca seguimos. Porquê? LOL Ora, gente estúpida mesmo. Claro que as coisas acabam por não ser como queríamos; se fossem e tudo corresse bem, as coisas não acabavam – simples.
Mas nem é isto que é importante… nem é isto que me intriga. O estranho mesmo é pensar que, à conta dessas parvoíces, em nome dessas zangas e das opiniões que se têm (sejam correctas ou não), se põe de lado tudo o que, um dia, teve a maior das importâncias. Se calhar, é mesmo assim. Os bonecos da Playmobil que já foram a minha vida, agora já não me dizem muito. Se calhar, é essa a ordem de ideias. Depois há o refúgio por detrás de uma honestidade que não joga com os padrões do resto do mundo, há a loucura quando a dor é a maior deste mundo, há o degredo só mesmo porque queremos parecer fortes e maus; e, finalmente, há a perversão, para colmatarmos todas as dúvidas que temos de nós próprios e das nossas aptidões para com o dito assunto.
E eu, não entendo. Posso rir, posso entrar nesse jogo do "toma lá, dá cá", "ah toma, sou mais forte e mau do que tu" e do "agora tu e depois eu"… mas... at the end of the day (que NÃO é como quem diz 'no fim do dia'), não vale de nada. O que se teve já não se tira, o que se perdeu já não se ganha, portanto, queimar a pestaninha para quê? Ah espera, porque somos crescidos e fortes e agora já sabemos sempre como ficar por cima. Vá lá... ao menos que se tenha aprendido uma posição nova no meio de tudo isto.
Só espero que seja verdade o que muita gente diz e acredita... isso de que as pessoas mudam. Porque se não tiverem mudado, há-de haver muita lágrima abafada na almofada, de noite, na merda, quando ninguém vê; e pior, simplesmente, não quer saber. Aí, tão fácil que é apontar o dedo, dizer isto e aquilo, acusar de tudo e mais alguma coisa, chamar isto e aquilo e dizer que é tudo da mesma laia. É fácil, só porque sim.
Há coisas que não entendo; provavelmente nunca vou entender. E acho que nem quero.
Assim sendo, acho que prefiro ir a pé para casa.
Our memories depend on a faulty camera in our minds...
Parece-me que é um pouco injusto agora. Não sei, talvez não seja, mas não deixa de ser confuso.
Por alguma razão, dei sempre muito mais valor àquelas duas outras pessoas. Não que as outras duas não fossem importantes e não tivessem um lugar só deles, mas era a convivência e a exclusividade do lado de lá que me faziam traçar esta "distinção". Era na maneira como era tratada, sobretudo naqueles anos mais miúda.
Fácil que era passar de um 8 para um 80, com apenas 50m de distância, coisa que não é tão vulgar assim, nestas situações. Nesse (curto) espaço eu deixava de ser uma pessoa para me tornar noutra, deixava as parvoíces de lado para uma postura mais séria (se é que se pode ter uma postura séria naquela idade), mudava a forma de tratamento e até as companhias, em certos e determinados casos.
Na altura, não percebia que as pessoas têm vivências e passados diferentes, são criadas também de maneira diferente e que isso se reflecte imenso na forma como encaram a vida e as adversidades. Engraçado como isso ser agora parece ser um dado adquirido.
Hoje, e ao longo destes últimos cinco anos e meio, aprendi a "re-descobrir" estas duas pessoas com quem nunca tinha criado um laço digno do parentesco que nos une. Uma proximidade que me faz vê-los com outros olhos, que me faz amar sem ser porque sim, mas porque quero. Uma convivência que me faz ter muitas saudades quando o tempo se torna distante.
E não sei se foi dos anos que já se passaram, se é desta fase da vida, se é da pouca atenção que lhes é reservada, se é do amor que também eles tinham em falta, mas, a verdade é que, agora tudo parece completamente diferente. Há aquela vontade de contar histórias, piadas, de olhar nos olhos, de comentar, de "ternurar" - tal vocábulo fosse possível na Língua Portuguesa. Há uma partilha mútua e sincera, há abraços e mimos qual gente pequena.
E é tão bom saber que afinal, as coisas nem eram nada como tínhamos, primeiramente, imaginado. Sorte de, pelo menos aqui, ainda irmos bem a tempo de "emendar" o mal-entendido. :)
Tenho um problema com o tempo; ou com a falta dele. Tenho um problema com ter um problema com o tempo; ou com a falta dele. Complicado, digerir coisas a mais num espaço a menos. Mais ainda quando são coisas a mais num tempo a menos. Ai.
Mas estou aqui; and certainly not going anywhere. :)
[Os posts que se seguem acima foram escritos durante estes dias.. sem qualquer formatação, rascunhados em qualquer folha de notepad. Finalmente tenho tempo para "arranjá-los". A cabeça não pára, mesmo que o coração às vezes se sinta apertado].
23 novembro 2006
Bettie Serveert - Lover I Don't Have To Love
Esta música.. exala libido! (L)
(Mais ainda se se pensar na cena para que foi banda sonora..)
E por falar em libido.. há coisas que merecem ser muito bem divulgadas:
Pela paz!
[link gentilmente mostrado pela minha querida amiga P., que está sempre em cima do acontecimento. Não do dito, mas enfim, isso.. LOL]
19 novembro 2006
1994
Quando for tocar o dedo na ferida
A força que ela tem, o preço de uma vida,
De nada valerá viver
Se a gente não sonhar
A vida é só pagar pra ver
(...)
Só nos valerá se nessa morte em vida
O amor com amor pagar o preço de uma vida
Se não se sonha mais, de que nos valerá
Mesmo quem por mal ofende
Ou que nos vende sem pagar
Quando divisar, a terra prometida
A reconhecerás, o preço de uma vida,
Aquele que pagar pra ver
Nunca mais vai se afastar
Nunca mais vai se perder
(...)
É um anjo que te guarda
E que reconhecerás
Como a força mais ousada que há em nós
Que sonha e não se renderá.
No meio do quarto semi-'novo', voltei a encontrá-la. E a outras coisas também.
Acho que até tenho medo de começar realmente a 'limpar' este quarto. Na verdadeira acepção da palavra e no sentido figurado. Há tanta coisa que vou deitar fora.. tanta coisa de que me quero desfazer. Tanta coisa que fui sempre metendo em caixinhas e quadradinhos, sabendo que não podia deitar fora, porque um dia ia querer voltar a tudo aquilo. Ahah, mas não quero mais não. :D
E isto não devia ser uma coisa má; nem boa. É apenas uma decisão. Contudo, can't help but sentir-me um bocadinho angustiada por ver que nem toda a gente o compreende. Talvez tenha criado expectativas nas pessoas.. talvez o (quase) nunca ter dito que não tenha afectado para sempre a percepção que têm de mim.. mas, as pessoas mudam, eventualmente. Crescem, oh se crescem. E a cada chapada parece que passa uma eternidade.
Portanto, não sei. Não vou é passar o resto do tempo a desculpar-me de coisas que não têm razão de ser e das quais não me sinto minimamente arrependida. Até porque, se fosse the other way around, nem pensariam duas vezes.
[Na escuridão o teu olhar me iluminava
E minha estrela-guia era o teu riso.
Coisas do passado são alegres
Quando lembram novamente
As pessoas que se amam.. ]
15 novembro 2006
Que vontade de mudar um milhão de coisas.
Quanto mais penso nisso, mais vontade tenho de que o já e o agora não encontrem obstáculos. É aquela ansiedade de quando queremos muito uma coisa, aquela sensação na barriga que nos deixa com a boca seca. Não sei bem explicar o porquê disto ou o quando, mas sei que está aqui e que não vai ser fácil ignorá-lo. E nem quero. :)
Agora só falta aquela missão ser cumprida a tempo e horas e sim, dava jeito acabar de arrumar o quarto 'novo' e a casa 'nova'. Sem uns bons alicerces, nada se faz.
10 novembro 2006
Lúcia Moniz, Dizer que não
LOL Há gente muito parva.. realmente.
Tirando isso, que semana cheia de trabalho. Valeu por ter sempre com quem estar, no final do dia.. (L)
Ainda me vêm falar de convalescença.. Sei lá o que isso é! LOL
Teria tanta coisa para escrever, para contar, para reviver.. mas esta adrenalina que não passa. Esta azáfama que não dá descanso. Esta cabeça que não pára nem um segundo.
Acho que hoje não é noite de ficar em casa. :)
07 novembro 2006
05 novembro 2006
The Cranberries, Linger
Eu, como quase todas as pessoas que conheço, não me coíbo de falar mal do atendimento público, seja neste país ou noutro. Às vezes, dá mesmo vontade de dar um abanão a quem nos atende, implorando por uma reacção dita "normal". Contudo, onde há lugar para críticas, também pode haver lugar para elogios. Ou pelo menos, sempre assim mo ensinaram.
No passado feriado, e porque o tempo não era de passeios, tive de ser atendida nas Urgências do Hospital de S. Bernardo, em Setúbal. Ao contrário do que muito se fala e do que eu esperava (porque não foi a primeira nem a 20ª vez que lá fui), não posso tecer um único comentário que não seja positivo. Desde a médica de banco, simpática e muito bem disposta, à enfermeira que tirou o sangue e pôs o soro, aos maqueiros que andavam sempre a "passear-me" de lado para lado, às auxiliares, queridas e com ar de mãe, à medica otorrino, que explicou tudo, mesmo que eu estivesse mais para lá do que para cá e aos porteiros que, apesar das caras de maus, são muito atenciosos. Nunca me senti sozinha, desamparada ou abandonada, numa daquelas macas, naquele maldito corredor de luzes brancas. Pelo menos, desta vez, correu menos mal. :)
Bom, não estou a fazer publicidade às Urgências para que lá vão passar o próximo feriado por ser tão boooomm.. lol, mas também achei que seria injusto ter ficado com tão boa impressão (e eu estava em tão débil estado) e não dizer nada. Sim, porque falar mal é sempre mais fácil. Ora aqui está, a excepção que contraria a regra.
30 outubro 2006
A sinusite é uma inflamação dos seios perinasais provocada por uma alergia ou uma infecção viral, bacteriana ou fúngica. Pode aparecer em qualquer dos quatro grupos de seios: maxilares, etmoidais, frontais ou esfenoidais.
A sinusite aguda provoca sintomas como a dor e a inflamação nos seios afectados, mas os sintomas precisos dependem de qual deles tiver sido afectado. A sinusite frontal provoca uma dor de cabeça localizada por cima da fronte. A sinusite etmoidal provoca dor por trás e entre os olhos, além de uma dor de cabeça muito intensa que se localiza por cima da testa. A pessoa também pode sentir um mal-estar geral (indisposição). A febre e os calafrios indicam que a infecção se propagou para além dos seios.
Que dias e, sobretudo, que noites. Bolas.
27 outubro 2006
21 outubro 2006
The Cranberries, Never Grow Old
Entramos e somos recebidos com aquele "Oláaaa", que mesmo não sendo estridente, acciona logo os mecanismos necessários para que os tímpanos se habituem ao tom que por aí vem. É impensável não nos baixarmos, se procuramos uma maior proximidade. Do facto de estarmos de cocóras, resulta sempre um abraço. Não um abraço qualquer, mas sim um abraço sentido; de saudades, de alegria ou mesmo só de interesse pelo o que se tem escondido nas mãos, por detrás das costas (que seria a barriga, se eu quisesse ser picuinhas). A seguir ao abraço vem o melhor, aquele beijo lambuzado, já regado com um sorriso enorme, que não enche só a alma não, enche mesmo o coração.
Pensamos: de onde vieram as desculpas para que tenha andado a perder isto?
Depois? Depois já não temos vagar para pensar em mais nada. Começam a chover perguntas, respostas, histórias, brinquedos novos e tudo aquilo que não nos foi contado ou mostrado nos últimos tempos; mas que parece extremamente importante, na perspectiva do nosso receptor, que nos ponhamos a par. E a única coisa sensata a fazer é sorrir.. responder a quem nos fala, beijar e abraçar, ouvindo e vendo com a maior atenção o que têm para nós. Aquelas mãos pequeninas que tacteiam tudo e não deixam escapar nada. Aqueles olhos atentos, que notam a mínima falta de atenção àquilo que nos está a ser contado.
E não sei se é de tudo isto, não sei se é da própria mágia da situação em si, mas - verdade seja dita - há muita pouca coisa melhor do que esta atenção genuína de quem realmente nos quer ali, de quem sentiu a nossa falta, de quem tem e terá sempre um lugar na sua vida para nós, sem problemas, sem desacatos, sem obrigações. Isso e saber que, em troca, amamos essas little person com um fervor inexplicável, saber que tínhamos o coração apertado por não ter como lho mostrar nos últimos tempos, saber que estávamos em falta, porque - neste caso - a falha só podia mesmo ser nossa.
Não há como ter alguém no colo, mesmo que isso já seja "coisa de bebés", que tem uma designação própria para nós. Não há como explicar que, aquilo, daquela maneira e naquele tom, só pode vir daquele sítio. E é bom.. tão bom.
Saudades do tempo em que os meus bebés eram (e podiam ser) a minha maior prioridade.
15 outubro 2006
How come?
Não sentir nada, não ouvir, não falar, não querer, não desejar, não mexer, não pensar, não poder, não conseguir, não ver, não lembrar, não ter, não importar, não fingir, não correr, não chorar, não viver e só.. respirar.
ABBA - Super Trouper
Há imensas coisas que se podem fazer numa semana. Contudo, há inúmeras outras que se podem deixar por fazer, mesmo que não seja intencionalmente.
O resultado? Um turbilhão de sentimentos, que chegam all at once.
Aquele e-mail a que não se respondeu;
aquela sms que continua à espera de motivo;
aquele telefonema para o qual já perdemos a coragem;
aquela missão que ficou por cumprir;
aquela tradução que ainda não se começou;
aquela tarefa que se revelou inapropriada;
aquela arrumação continuamente suspensa;
aquele jantar adiado;
aquele cinema que vai ter de ficar para outra vez;
aquelas palavras que já não fazem sentido; e
aquele abraço.. que agora já vai chegar tarde de mais (separado sim, segundo os prontuários da Língua Portuguesa).
Sorte que no meio de tanta coisa que se perde ou que se adia, continuam a existir sempre aquelas outras que nunca falham e que podemos sempre ter como certas.
10 outubro 2006
Do you want to see the world?
Do you want to see the world?
Do you want to see the world?
In a different way
I remember how we used to sing
Writing poems in your bed sit
Finding time to be the passenger
But there you are you never saw me leave
But do you really want to see
Oh do you really want to see
Oh do you really want see
On your television screen
I remember how we used to be
Without the world upon our TV
Well let it lie or you can take it back
Wrap your life around evil's trap
But there you go you're sailing away
And you know
You never come away
Yeah but you should
You never lie to me
Yeah but I will
Never come away
Yeah but you should
Well do you want to see the world (I know I do)
Well do you really want to see (I know I do)
A versão acústica. Do melhor, mesmo. :)
06 outubro 2006
James Dean Bradfield, Still a Long Way to Go
Depois há aqueles dias fofinhos, no meio do trabalho que parece não acabar.
Começa-se pelas filas no IC19; sabe sempre bem.. é um daqueles sítios de referência (ou não!). Então, um passeio por Sintra, com direito a travesseiro e queijada (sem espanhóis ao volante, por favor!); depois há uma ida à Ericeira.. ver daqueles surfistas giros e bons (onde, onde?) e ainda um jantar na bela da Portugália, sempre com gente séria (essas tuas MAMAS!). Acaba-se, claro, no Oriente, onde ainda se compram umas coisas giras (não, castanhas e laranjas? querem lá ver isso.. impossível!).
Mas vaí daí, se calhar, o melhor do dia foi mesmo a dita companhia e as conversas sérias, misturadas com conversas do nada, sobre Galileus e aqueles abismos ali ao fundo, onde acaba o mar. Coisas que ninguém nos ensina na faculdade. Ou isso, ou ir atrás de veículos longos, numa estrada com dezenas de quilómetros e repleta de curvas!
Isto tudo para se perceber o espírito do dia feriado, quando já se pertence ao mundo do lado de cá... dos que trabalham sim e que não podem fazer dos dias feriados como se diz do Natal.. assim quando o Homem quiser. Nada disso. Acabou-se a boa vida.
Entretanto, percebe-se também o significado e a importância de mais uma coisinha ou outra. Obrigada, sim? Haja gasóleo e dinheiro nas nossas vidas. Um bocadinho de saúde também e muita, mas muita parvoíce. Ah.. e destinos para onde ir. Vai daí que.. dia 1 de Novembro é mesmo feriado, não?! LOL :D
03 outubro 2006
Never Give Up on the Good Times..
..gotta believe in the love you find. :D
Quase, quase, quase (sim, again!).
01 outubro 2006
Acho que a minha ideia de cinema tem vindo a mudar, nestes últimos 4 ou 5 anos.
Nunca fui daquelas miúdas aborrecidas que, ao irem com os amigos, passavam o tempo todo aos gritos, a mandarem piadas e bocas em voz alta, a atirarem pipocas e o raio que as parta. Confesso que nem sempre fui tão calma como agora, mas bom.. sendo que nunca fui dada a histerismos, no cinema não ia ser diferente.
Qual é o mal em conseguir sussurrar qualquer coisa ao ouvido? Em deixar as conversas mais sérias para os intervalos (nas malditas salas que ainda os têm) ou em dar beijos noutro sítio qualquer que não seja nos bancos do canto? Pagar €5 para dar beijos na boca do meu namorado, só se estivesse doida! LOL
E depois há uma regra, criada na minha cabeça. Há filmes que até combinam com pipocas, mesmo mesmo. Aqueles que são só palhaçada, que contam as mesmas histórias on and on again, que pagamos o bilhete só mesmo pela companhia. Sou adepta, a sério.
Contudo, há filmes que NÃO! Filmes em que se conta a história do sofrimento real das pessoas, filmes em que se mostra o horror que as câmaras não mostraram há cinco anos atrás, filmes que nos deixam a morrer por dentro - só por nos imaginarmos numa situação minimamente semelhante, sei lá.. filmes sérios? Pois, deve ser isso.
É mesmo uma regra minha, não tem de ser entendida por ninguém. Assim como só o meu amigo O. entendia o propósito de ver os créditos até ao fim, sentados no cinema, como se aquilo fosse o melhor sítio onde podíamos estar. Embora já outros tenham ficado comigo, sei que só ele o entendia e o fazia com o mesmo gosto. :)
Admito, criei regras parvas no que diz respeito ao cinema; mas a verdade é que, se não for assim, não me dá nem metade do prazer mexer o rabo para lá ir.. e prefiro mil vezes vê-los aqui.
Odeio salas cheias com o mítico Zé Povinho, num sábado à noite, para ver um filme que nem sabem se querem ver, mas que nas revistas e na TV dizia que sim, que era indispensável. E sim, estou a generalizar, mas depois de ontem.. como não fazê-lo?
Valeu pelo filme. Um pouco romanciado, com música que puxa à lágrimita.. mas com uma visão totalmente diferente de todas as outras que vi, em directo.
30 setembro 2006
Lost Prophets, Last Train
Há coisas que, na primeira vez que as fazemos, sabemos logo que não gostamos. Mas vá, damos sempre a segunda hipótese.. o Homem é um animal de habituação. Se calhar, se forçarmos muito a coisa, isto vai lá e acabamos por gostar. Humm.. não. Três semanas de tentativas; duas por dia e nada feito. Detesto tanto como no primeiro dia.
Obrigada a todos os que aturaram a resmunguice, ao longo destes dias. Ahah!
28 setembro 2006
25 setembro 2006
23 setembro 2006
James Dean Bradfield, Bad Boys and Painkillers
Há aquelas turmas que juntam dinheiro durante meses; organizam tudo, marcam as coisas com muita antecedência, agrupam-se com mais finalistas, viajam para destinos caríssimos só porque sim e fazem com que tudo corra como planeado. Pois é, a minha parte da turma não era nada assim. LOL
Talvez tenha sido muito mais do que isso. Talvez.. nem sei bem. Sei que foi uma semana óptima, com direito a tudo o que se podia ter. Sei que ri muito e andei ainda mais. Sei que sentimos falta dos que não tinham podido vir. Sei que cada dia dormíamos numa cama diferente. Sei que deixamos de ser bons amigos, para nos tornarmos amigos para uma vida. :D
Não é cliché, não é lamechice − há coisas boas que acontecem mesmo assim.. quando menos esperamos. E bom que é.. sim, senhora.
Bom, nós raramente ouvimos o mesmo tipo de música na mesma altura.
Hum.. raramente ouvimos o mesmo tipo de música, verdade seja dita. É uma daquelas amizades que (supostamente) nos completa. E até acho que sim. :)
Só que, desta vez, tenho de concordar com ela a este respeito.
É gira, esta.
I can see us holding hands
Walking on the beach our toes in the sand
I can see us in the country side
Sitting on the grass laying side by side
You can be my baby
Let me make you my lady
Girl you amaze me
Ain't gotta do nothin crazy
See all I want you to do is be my love
(So don't give away) My love
(So don't give away) My love
(So don't give away)
Ain't no other woman that could take your spot, my love.
Um dia.. isto pode ser para mim também? Vá, para as duas (ou três ou quatro), só mesmo porque sim. Claro que, não da mesma pessoa.. espera-se. LOL
Ai.. que brutidade de homem! Que sabe dançar, ainda por cima. *sighs*
Do you like to hurt? I do, I do. Then hurt me.
Depois de algumas horas, dias a pensar no mesmo, a imaginar o quando, o onde e o porquê.. a vontade que dá é a de gritar bem alto: mas para que é que estás a perder tempo com essas coisas? De que adianta? Vais mudá-las? Vais conseguir voltar atrás? Vais mostrar que estavas errada? Ou certa? NÃO. Então.. para quê?
A sério.. se há coisa que eu não entendo é por que perdemos horas e horas a matutar no mesmo, se isso não nos vai levar a lado nenhum. Só que.. once you start, não há como parar.
E estás no meio do trabalho e dizem-te qualquer coisa e puff.. estás no meio da rua, ouves qualquer coisa e puff.. estás num bar, toca aquela música e puff.. e os transportes públicos? São do pior. Porquê? Porque quanto mais força fazes para te abstraíres daquela "Chuva Dissolvente" de que o Tim tanto falava, mais te viras para ti e lá começa de novo a introspecção.
Dás por ti e passaste o dia todo nisto.. a consumir-te, a imaginar tudo e mais alguma coisa.. seja verdade ou não, mas o mais provável é de que seja. É engraçado como para nós achamos sempre o pior e para os outros imaginamos sempre o melhor.. deve ser um síndroma com um nome qualquer esquisito, eu é que não estou a ver bem qual.
Normal, hoje é sexta-feira. Fim de mais uma semana de trabalho e até com direito a jantarolas com amiguinhos. Contudo, julgas que me esqueci? Ou que deixei que me esquecesse? Nada.. e vai continuar a remoer. Dia e noite. Noite e dia. Semana após semana, como tem feito nestes últimos tempos. A única diferença agora é a de que tens a certeza.. quando antes, eras mesmo só tu a ser derrotista.
Se houvesse alguém muito mau para mim, tenho a certeza de que iria ouvir um "I told you so" assim monstruoso. Olha, toma lá e embrulha. Quem é que sabe o dia de amanhã?
20 setembro 2006
Well deep in the woods
Where nothing is seen
A tightrope is strung to his heel
And high on the walk
He's down on one knee
He waits for the slow of the breeze
Oh, wow, look at him now, on his feet
High up in the sky
And every moment stands endlessly
It feels as though time isn't moving
And every second, one breath not to breathe
I watch as he moves to the beat
While I'm on the floor
I watch from my seat
And watch as he sways with the trees
And slowly he moves, but elegantly
I'm more on the edge of my seat
Everyone waits on the walk
Some are long and some small
But all of them tall
Everyone must make a choice
Will I go for it all
And possibly fall
The tightrope is thin
I could possibly win on the walk
Well high on the walk
The tightrope it bends
And nobody knows where it ends
To win or to lose
You're all on your own
Everyone must be alone
On the tightrope
Everything's bare
All that there is is from here to there
On the tightrope
The goal is quite clear
Don't lose yourself in your fear.
19 setembro 2006
Odeio dentistas. Bom, quem é que não odeia?
Odeio como estamos ali sentados naquela cadeira, vulneráveis e, ainda por cima, de boca aberta. Contudo, nos últimos três anos até tinha um médico assim mega fixolas, que explicava tudo, não aleijava e recebia-me sempre de bom humor. Nele, confiava plenamente. E ia lá, muitas vezes só para rotina e para me certificar de tudo. Gostava como ele preferia fazer uma coisa de cada vez, ao invés de me esburacar toda (salvo seja! LOL). Claro que achava ainda mais piada porque não era eu que pagava! :X
Hoje não gostei nada desta nova. Pondero seriamente ir de novo ao outro, mesmo que seja eu a pagar e seja longe como o raio. Quanto tempo se leva daqui até Sines? Humpf.
18 setembro 2006
Snow Patrol - Somewhere a Clock Is Ticking
Não tem muita piada quando temos as coisas planeadas e nos trocam as voltas.
Não é nada giro ter um relógio que nos teima em mostrar que estamos a dever tempo ao tempo.
Não é correcto pensar-se em coisas que se sabe que não vão acontecer.
Mas depois, também é tão bom quando acontecem coisas assim do nada.
Quando passamos tempo com aquelas pessoas de quem gostamos.
Quando gastamos o tempo já contado a conversar, a rir, a brincar, a confiar.
Bom ter coisas que nos surpreendem pela positiva;
bom saber que afinal nem tudo pode ser assim tão mau;
bom ter fins-de-semana que nos deixam de rastos, mas que enriquecem a alma. :)
E tudo o resto.. logo se resolverá.
14 setembro 2006
The Kooks, She Moves in Her Own Way
Um ano volvido; e tudo mudou.
Se não estás aqui agora, se calhar.. preferia que nunca tivesses estado.
fools want gold,
sailors want water,
but you.. want it all.
...
Vampires want darkness,
monsters want souls
spiders want corners,
but you.. want it all."
13 setembro 2006
12 setembro 2006
Muse, Starlight
Há coisas que por vezes nos enganam, só mesmo pela aparência ou por embirrância nossa.
Quando me ofereceram este livro (o que está há imensas semanas na bendita mesa de cabeceira), confesso que não lhe liguei muito. Não fosse pela pessoa que mo ofereceu e seria, muito provavelmente, a minha última escolha, agora que comecei de novo nas andanças da leitura por prazer. Até porque tinha quase a certeza de que ela não o tinha lido.
Contudo, hoje, no comboio, dei por mim a levar umas chapadas daquelas que doem; não na face (como é óbvio O_o), mas por todo o corpo mesmo. Há ali umas páginas pelo meio que dizem aquilo que há já uns tempos eu precisava de ouvir. Difícil ter de admitir aquilo em que não somos bons, difícil ter de parar e pensar que, afinal, não somos nada daquilo que sempre achámos ser. E pior.. já não ter como o mudar ou remediar.
Bera querer à força ter uma borracha daquelas que parece que só existe nas histórias e nos filmes, nem que fosse para apagar só umas pontinhas dos erro maiores. Pois é, pois é.. acontece aos melhores, sempre ouvi dizer.
Vai na volta, devia emprestá-lo a algumas pessoas também.
Zero 7, Destiny
Um horário novo;
um meio de transporte novo;
uma balbúrdia nova;
um espaço novo;
uns colegas novos;
umas conversas novas;
uma rotina nova;
um trabalho novo; e
uma vida nova.
Acho que só eu é que continuo a mesma. But not for long, my dear friend. :)
10 setembro 2006
É bom descobrir pessoas novas; é bom redescobrir outras que pensávamos conhecer; é muito bom saber que temos mais alguém com quem contar.
that you love it here, you've got to stay.."
07 setembro 2006
04 setembro 2006
Afinal.. mesmo não havendo Primeiro Dia, houve aquel'A Noite Passada que toca bem lá no fundo e pede sempre sempre a melhor companhia. E vai daí.. este até era o caso! :D
Bem-haja às pessoas que vão à Festa do Avante, àquelas que pulam e que vibram com a Carvalhesa, àquelas que tornam todos aqueles momentos únicos. :)
A vida são dois dias e a Festa do Avante são mesmo três!
03 setembro 2006
Já não me lembro bem de quando foi a primeira vez que ouvi a minha mãe dizer, em determinada altura e circunstância, a expressão: "Só faz falta quem 'tá!".
Na altura pareceu-me uma coisa muito má de se dizer, embora toda a gente à volta tenha anuído, como se aquilo fosse qualquer coisa de senso comum. Lembro-me que não achei piada porque "quem não 'tava" eram pessoas de quem eu gostava ou estimava muito.
Contudo, depois de uma outra situação menos agradável, cheguei à (brilhante!) conclusão de que a mãe tinha razão. Generally speaking, claro. Quando gostamos as pessoas fazem sempre falta, mas depressa percebi que não era bem disso que se tratava.
Assim, quando agora oiço alguém dizer "Só faz falta quem 'tá!", não resisto a acrescentar-lhe quase sempre o sufixo do "Quem não 'tá, não faz falta nenhuma!", que é uma daquelas duplas negativas que até sabe bem.. quando as coisas não correm da maneira como esperávamos.
Maaaaaaaaaaaas.. continuo a achar que há aqui qualquer coisa que não faz sentido. Deve ser só impressão minha.
[Divagações de um domingo de manhã, que ainda tem de si restos de um óptimo sábado.]
30 agosto 2006
29 agosto 2006
You Are Cookie Monster |
Misunderstood as a primal monster, you're a true hedonist with a huge sweet tooth. You are usually feeling: Hungry. Cookies are preferred, but you'll eat anything if cookies aren't around. You are famous for: Your slightly crazy eyes and usual way of speaking How you live your life: In the moment. "Me want COOKIE!" |
Quer dizer, na altura da Rua Sésamo, era uma bela lontra, sim. Magricelas, even so. Snif!
Ainda bem que o V. não vem aqui.. senão, lá se ia o meu esforço de denial destes últimos anos! :D
Oh well, ao menos era um dos bichos mais cool da Rua Sésamo! :D
Eu até divagava um bocadinho sobre a dita e as tardes na casa da avó I., mas.. tenho de ir traduzir! Humpf!
Regina Spektor, Fidelity
Já está quase, quase, quase.. :D
Suppose we never fell in love
Suppose I never ever let you kiss me so sweet and so soft
Suppose I never ever saw you
Suppose we never ever called
Suppose I kept on singing love songs just to break my own fall
Just to break my fall]
25 agosto 2006
Acho que já percebi mais ou menos. Não pode ser assim; não posso começar pelo fim.
É a mim própria que tenho de dar tréguas. Entender que é um ciclo que acaba e outro que começa, sem que isso queira ser prenúncio do que quer que seja.
Já não deve faltar assim tanto. As coisas acabam sempre por ter um certo prazo; quer se queira, quer não.
Um destes dias de Setembro deverá mesmo ser o Primeiro Dia do resto da minha vida.. E, mesmo que assim não seja, ainda devo conseguir ouvir o Sérgio cantá-lo de novo, no dia 3. Vai saber bem, sabe sempre.
Contudo, continuo na minha: as melhores coisas nunca nunca se repetem, nem tão-pouco voltam a ser como eram.
24 agosto 2006
Hum.. acho que só faço isto porque tu me pediste.
Ora bem, aqui vai:
I) Desde que me entendo como gente que me começo a despachar sem ser à pressa e acabo sempre a sair de casa quase a correr;
II) Tenho muito mau feitio. As pessoas pensam que não, porque me estou sempre a rir e a fazer figuras e piadas parvas, mas tenho mesmo;
III) Custa-me muito passar um dia sem ouvir música, ao ponto de me complicar (ainda mais) o sistema nervoso;
IV) Adoro ajeitar-me num canto do meu quarto, sozinha, num fim de tarde ou pela noite dentro, pegar no portátil e ver um filme ou os episódios, dessa semana, das minhas séries. E sim, algumas das vezes a ruminar [o que cabe dentro de um pacote das minhas pipas, enfiadas num dos copos do gelado Perna de Pau], o que me dificulta a perceber o que é dito, mas que me dá o maior dos prazeres;
V) Sempre que alguém [com quem tenha, pelo menos, alguma confiança] está a cozinhar ao pé de mim, roubo duas ou três pedrinhas de sal grosso - directamente do pacote ou do saleiro;
VI) Tenho prazer em emprestar as minhas coisas, em ser útil, em dar, em fazer tudo pelas pessoas amigas - contudo, sinto-me do tamanho de um hipopótamo bebé (sim, eu sei.. é grande.. mas odeio insectos, como formigas, etc.) quando no reverso recebo indiferença.
Custou a começar, mas agora acho que faria uma lista bem maior. :)
Se tenho de passar isto a alguém, pode bem ser ao R. e à C.! Ainda oferecia isto a mais uma ou outra pessoa, mas não têm blogs nem fotologs. Essas também valem?
561 / 562 / 563
Normalmente, quando tem de surgir, surge logo de manhã. Assim que me levanto.
Contudo, é disfarçado, naquela azáfama matinal que nunca nunca consigo fazer em versão lenta. O problema é que depois, naquela viagem que nunca demora menos de 40 minutos, volta. Assim de mansinho, como quem não tem qualquer objectivo ou segunda intenção. É inevitável pensar em tudo e mais alguma coisa, achando que se tem de chegar a qualquer conclusão.
Sento-me quase sempre à janela, tenho sempre uns headphones metidos nos ouvidos e um telemóvel no silêncio. Às vezes, também levo um livro. Hoje, por acaso, não.
Uma manhã mais ou menos, umas conversas engraçadas. Almoço bom, onde ouvimos coisas, contamos histórias, segredamos o que achamos que vai ser bem recebido. Até vemos filmes "fofinhos", pelos quais não daríamos dinheiro.. não fosse pela companhia.
Se na viagem de volta, o sono teima em não chegar, volta-se a pensar. Pensa-se muito e muito pouco no que parece fazer mesmo falta. E então, lá vem ele.. de mansinho, embalado pela mão de uma letra ou de uma melodia de uma canção. Uma daquelas que nos diz muito e que não esperávamos que começasse a tocar naquele momento, mesmo que saibamos a lista do leitor de mp3 de cor.
Fica ali, sentado ao nosso lado. Como se nos tivesse a repreender por algo que tenhamos feito mal, embora nem saibamos exactamente o quê. É só mais um dia passado, mais umas coisas para contar depois.
21 agosto 2006
Joseph Arthur, In the Sun
I pictured you in the sun wondering what went wrong
And falling down on your knees asking for sympathy
And being caught in between all you wish for and all you seen
And trying to find anything you can feel that you can believe in
I know I would apologize if I could see your eyes
'Cause when you showed me myself, you know, I became someone else
But I was caught in between all you wish for and all you need
I pictured you fast asleep
A nightmare comes
You can't keep awake
I don't know anymore
What it's for
I'm not even sure
If there is anyone who is in the sun
Will you help me to understand?
'Cause I've been caught in between all I wish for and all I need
Maybe you're not even sure what it's for
Any more than me
May God's love be with you
Always
[Às vezes, de se falar tanto, fica-se sem mais nada para dizer depois.]
20 agosto 2006
18 agosto 2006
17 agosto 2006
Are you hoping for a miracle? It's not enough.
Primeiro era a desculpa do calor. Depois a desculpa do não me apetece. A seguir a desculpa do não sei muito bem. Agora.. já não tenho muitas mais desculpas. Assim sendo: fi-lo! (Pelo menos um bocadinho..)
Já sei, já sei. Tenho muita sorte.
Ando completamente viciada em música. Sim, quase todos nós somos.. mas isto está a chegar a um estado diria.. engraçado. :)
Bem-haja à MTV por passar grande parte do concerto dos Bloc Party, ontem à noite, em Paredes de Coura. Caso para dizer, I wish I was there. Giríssimo! :D
16 agosto 2006
'tadinho do /lalala
Hoje, 16 de Agosto, é o Festival Janamashtami no Hinduísmo. Festival esse que assinala e festeja o nascimento do deus Krishna. As coisas que eu não sabia. :)
Por este motivo, estive uns largos minutos à espera que a miúda almoçasse uma mistura que é suposto comer-se neste dia especial. Por este motivo, tive mais um bocadinho de tempo para ouvir a outra miúda divagar sobre tudo e mais alguma coisa. Por este motivo, ainda troquei umas sms com a outra que faltava e que tinha ficado triste por não ter podido vir hoje connosco.
E tudo ficou para mais tarde. Até ia chegando atrasada para o gelado!
Conversas doidas com gente pequena, em que se diz muita parvoíce e só se ri, enquanto não chega a altura das conversas sérias. E conversas sérias com gente grande, para depois se poder dizer as parvoíces que também fazem rir. Entre os 16 e os 26, há espaço para tudo. Até para se ter 23. :)
Aqueles dias bons, fora de casa. :D
15 agosto 2006
Quando tinha uns 8 ou 9 anos, a minha tia gostava muito de ir fazer compras na Makro. As minhas primas, com mais 4 e 8 anos do que eu, iam sempre com ela. E eu, que morava muito perto delas, às vezes passava a tarde lá em casa a brincar com a A. (a que tem mais 4 anos do que eu), tinha de ir para casa nessa altura. Isto porque, caso não saibam, só se pode entrar na Makro a partir dos 12 anos. Ou pelo menos, naquela altura era assim. Ou era o que me dizia a minha tia.
Não sei o que pensava ser a Makro, não fazia ideia do que queria dizer um "supermercado de revenda", mas também não me interessava muito. O fascínio era pelo o que a minha tia trazia de lá. Blocos, canetas, dossiers, pastas, lápis de cor, canetas de feltro, réguas, cartolinas.. tudo, tudo em quantidades industriais. Eu delirava, quando chegavam aqueles dias de fim de Agosto e as compras do mês da Makro eram dedicadas ao início do ano escolar das minhas primas. Perante o meu entusiasmo, a minha tia dava-me sempre uma coisa ou outra do stock delas e eu voltava para a casa toda contente e desejando ardentemente ter 12 anos, para poder pisar o chão daquele supermercado maravilha.
Este fascínio não deve ter durado muito tempo, porque agora tenho 23 e nunca pus os pés na dita Makro. Se calhar, a abertura do Jumbo em Setúbal (no ano de 1992) teve influência nisto. Assim como o nascimento do meu irmão, também nesse ano, que fazia com que já não fosse passar tantas tardes com as minhas primas. Ainda assim, guardo sempre esta memória. E, de cada vez que passo a portagem ali naquela zona, lembro-me o parva que fui por achar que aquilo me ia fazer muito mais feliz. Claro que também penso sempre que um dia tenho de lá ir.
Nunca quis ser mais velha para nada, a não ser para isto. Que ridículo. :)
Isto tudo porque agora.. dava tudo para me sentar no chão do quarto da A. e abrir com ela todas as embalagens trazidas pela tia e pelo tio. Sorríamos durante largos minutos ao abrir de cada saco. E depois, aqueles lanches de torradas com manteiga acompanhadas de chá quente, para deixarmos as coisas da escola e voltarmos ao Monopoly e ao Jogo da Oca. Isto quando o fim do Verão já trazia um fresquinho que sabia bem, isto quando no fim do Verão não havia centenas de hectares queimados, isto quando o começo do mês de Setembro era a minha altura do ano preferida, isto quando a vida parecia muito mais cor-de-rosa do que agora.
Engraçado. Todos queremos voltar para trás. O que haverá de tão mau no seguir em frente?
13 agosto 2006
Snow Patrol, Make this go on forever
Almoço tranquilo nos avós; só nós os 3. :)
São giras quelas piadas que agora o avô faz e ainda há as preocupações da avó, que são cada vez em maior número. Gosto daquelas conversas, daquela comida, daquele cheiro.. tudo tão familiar. Deixando-me levar por estas coisas e pelo calor que só dá vontade de dormir, acabei por me render à sesta. Depois de umas 3 horas de sono, naquela sala de sempre, junto com a avó que também se rendeu, achei que já era hora de vir para casa. Deixá-los lá, no seu cantinho.
No caminho para casa, e ao passar pela casa que foi da minha outra avó, parei um bocadinho. Há 20 anos atrás, quando tinha de ficar um pouco nas minhas avós, depois do Infantário, contam que - assim que já era demasiado escuro - eu vestia o casaco, me sentava na entrada e dizia (quando me pediam para ir dormir) de forma contínua e ininterrupta, como só as crianças sabem fazer: "a minha pai nunca mais nã vem." LOL Enfim.. não gostava muito de dormir fora de casa.
Uns anos depois, andava sempre a dormir aqui e ali. Na casa deste amigo ou daquela amiga. E até me oferecia para dormir nos meus avós, uma vez ou outra, para os compensar dos anos em que era embirrante.
Ai ai.. não sei se ria ou se chore. Que ando eu a fazer?
[P.S. - Deve haver uma explicação lógica para as pessoas terem mais sonhos parvos do que seria suposto, na média semanal.]
12 agosto 2006
11 agosto 2006
Bom é ter daqueles amigos que insistem connosco para que saiamos de casa. Aqueles amigos que nos levam à praia e com quem se pode conversar, sem estar sempre a olhar para o relógio ou para o telemóvel.
Bom é saber aproveitar a mão, de quem a estende com boa vontade.
Afinal.. quem não gosta de um mimo, quando as coisas não estão assim tão bem?
E o resto.. é tudo Tróia. :D
Post Scriptum:
E isto não é drama, não é novela. Já aconteceu assim, tal e qual, uma meia dúzia de vezes.
10 agosto 2006
prioridade
s. f.,
primazia de tempo, de ordem ou de categoria;
anterioridade, precedência;
primazia;
Prioridade afere sempre uma escolha, uma decisão, um passo a tomar - isto é o que dizem.
Desde pequena que a minha mãe me diz que tenho de definir as minhas prioridades e sempre achei que o fazia bem, segundo os moldes em que me tinha sido ensinado. Contudo, com o tempo, comecei a achar que - se calhar - as coisas não eram assim tão simples.
Sempre achei que as pessoas que entram na nossa vida, num determinado momento, têm de saber viver com o que já cá existia. Sendo que isto é recíproco, claro. Ou, pelo menos, devia sê-lo. Confesso que não sabia que isto não era ponto assente para toda a gente. Sério, não sabia mesmo. E quando, pela primeira vez, fui confrontada com isso, era ainda muito parva para entender exactamente o que se estava a passar.
Se calhar, sou eu que estou errada. Muito provavelmente sou eu que não estou a entender bem, mas perdoem-me se não consigo perceber como é que amigos deixam de falar com amigos por causa de outras pessoas que entraram depois nas suas vidas. Nem é bem deixar de falar, é deixar de querer saber. Lá está, é uma nova prioridade.
Se calhar, fui eu que sempre estive enganada. Em todas aquelas afirmações parvas que fazia, contrariando quem me amava, porque achava que ele tinha de perceber que não podia abdicar dos meus amigos e da minha vida before, só porque agora estávamos juntos. O erro foi de certeza meu, calculei mal as minhas prioridades.
Só pode ter sido isso, porque - olhando agora em volta - vejo a quantidade de gente que não se importou minimamente comigo ou como iria ficar a nossa amizade, depois de um "Agora, se calhar, tenho de ter outras prioridades. Percebes, não percebes?".
Se calhar, mas só se calhar, eu estava mesmo errada e os outros é que fizeram bem. Olha-os tão felizes agora.
Contudo, can't help but thinking, que se calhar, mas só se calhar, não quero ser assim tão amiga de gente assim tão (in)diferente.
Obrigada na mesma. :)
09 agosto 2006
'I dreamed we were there. The plane leapt the tropopause, the safe air, and attained the outer rim, the ozone, which was ragged and torn, patches of it threadbare as old cheesecloth, and that was frightening. But I saw something that only I could see, because of my astonishing ability to see such things: Souls were rising, from the earth far below, souls of the dead, of people who had perished, from famine, from war, from the plague, and they floated up, like skydivers in reverse, limbs all akimbo, wheeling and spinning. And the souls of these departed joined hands, clasped ankles, and formed a web, a great net of souls, and the souls were three-atom oxygen molecules, of the stuff of ozone, and the outer rim absorbed them, and was repaired. Nothing is lost forever. In this world, there's a kind of painful progress. Longing for what we've left behind, and dreaming ahead. At least I think that's so.'
07 agosto 2006
Humpf!
Odeio ter de fazer coisas de que não tenho vontade.
Odeio quando decido não as fazer hoje (já que não tenho vontade) e depois fico a olhar para o vazio, porque nem sei do que tenho realmente vontade.
Odeio quanto tenho tudo e quero tão pouco.
Odeio ter pouco quando quero ter tudo.
Irra. Haja mau feitio.
06 agosto 2006
Hoje fui lá de novo.
Há já uma semanas que não punha lá os pés e, aproveitando a boleia, acabei por ir até com alguma vontade.
A meio, naquela parte em que só temos de ouvir, deixei de olhar para as coisas das mesma maneira. Sentei-me direita no banco e pus-me a olhar em redor com mais atenção. Tantas pessoas, tão diferentes, tão distintas. Depois, num acesso de parvoíce, pus-me a pensar no tempo que restava a cada uma delas. Nos entretantos, procurei com os olhos os lugares quase marcados onde, outrora, se sentaram sempre as mesmas pessoas. Agora, estavam lá outras - porque as primeiras, ou deixaram de lá ir ou foram levadas deste mundo.
Estranho. Mais 40 ou 50 anos (e estou a ser optimista), o meu lugar (embora o de hoje não fosse o meu "marcado") também irá ser de outra pessoa, de outras pessoas.
Não sei se alguém pensará nisso e também não me interessa muito. Eu perdi ali uns largos minutos a pensar no que raio fazemos nós aqui, ali, acolá, seja onde for. Nasce-se, anda-se na (e não à) escola, trabalha-se, casa-se (ou não!), têm-se filhos (ou não, again!), continua-se a trabalhar, mais um ou dois verbos no meio e morre-se.
E lá fica o nosso lugar para outras pessoas. (Claro que nada disto daria que pensar, se o ser humano não fosse um animal de hábitos e, de cada vez, se sentasse num lugar diferente!)
Naquele bocadinho de manhã, pensei em tudo menos naquilo em que estava a ouvir.
Acho que é medo. É esta conversa do "agora já vais ser crescida!". Enfim.
No meio de tudo isto, foi tão bom estar ali sentada ao lado dela. Ela que, como todos os outros assíduos, também tem um lugar marcado. Mas hoje não. Hoje era um dia diferente e o Agosto é sempre de livre arbítrio, no que respeita ao sítio onde nos sentamos.
Já não a via há uns dias e tinha saudades. Não de muita coisa, só mesmo de tê-la ali, segura, ao meu lado. Depois, por breves segundos, pensei como seria quando o lugar dela também fosse ocupado por outras pessoas, mas abanei (muito discretamente) a cabeça de modo a afastar esses pensamentos parvos. Não percebo.
Se calhar, mais valia ter ficado na cama.
05 agosto 2006
'A secret's worth depends on the people from whom it must be kept.'
Eram exactamente 5:32 da manhã, quando pousei o livro e limpei à almofada o que parecia ser um resto de lágrimas.
Há já uns anos que não fazia o que tinha acabado de fazer. Há já uns anos que não lia mais de 250 páginas seguidas, pela noite dentro. Que livro mais.. cheio de tudo.
Obrigada a quem mo emprestou. Acho que este livro vai decerto ser uma opção de escolha lá por volta do Natal, pelo menos para quem, como eu, gosta de ficar acordado para que lhe contem histórias. :)
04 agosto 2006
La sombra del Viento, Carlos Ruiz Zafón
Não há nada como voltar a bons velhos hábitos.
Convenci-me de que tinha deixado de ler por causa da faculdade.. do stress, das coisas que tinha de ler para as aulas, do pouco tempo que tinha e tal e tal. Mas agora, pensando melhor, talvez tenha sido isso aliado a outras coisas mais substanciais.
A Internet, por exemplo. Às vezes, ponho-me a fazer contas às horas que perco aqui. Contudo, depois penso as horas que poupo em certo tipo de coisas, o que me rio noutras e, parece-me na altura, fica tudo equilibrado. Se calhar, não. Se calhar, as dezenas de livros que tenho ali para ler teriam sido uma melhor opção. Maaaaas (ahah!), nada está perdido. E nem sei explicar como me têm sabido bem estas centenas de páginas que tenho lido.
Quando perceber mais um bocadinho do template, lá partilharei (com mais regularidade) o livro que está pousado na mesa de cabeceira.
As boas-vindas!
Tenho um problema grave: acho que tenho sempre razão.
Podia ser ainda pior, se fizesse questão de estar sempre a dizê-lo. Com alguma sorte e pouca maturidade, consigo dissimular - na maior parte das vezes - que nada do que me foi dito me convenceu, nem um bocadinho que fosse, se a minha ideia anterior era exactamente a contrária à agora exposta.
Quando era mais miúda diziam que era teimosia. Também já o apelidaram de personalidade forte. Eu acho que é mesmo arrogância da pura. E foram já inúmeras as vezes em que vi - depois - que estava completamente errada e me roí por dentro, como que a castigar-me por ter de novo sucumbido a esta parcela do meu mau feitio. Contudo, acredito que, aos poucos, estes maus hábitos se irão perder e, na verdade, agora até já me consigo deixar convencer por dá cá aquela palha - pelos menos, quando o caso assim o exige.
Mas, no íntimo, naquele sítio onde só eu posso desbravar, sei exactamente o pouco que só há uns anos tem vindo mesmo a mudar. Coisas. :)