07 dezembro 2008


Descobri que há coisas que podemos lembrar-nos menos.
Não esquecer, lembrar menos. Ou seja, retirar-lhes importância.
Uma das regras é não guardar ou registar nada que nos possa levar ao momento que pretendemos esquecer. Quero dizer, não lembrar.

Nada disto justifica a ausência ou é sequer justificação para o facto de estar semanas sem escrever. Partilhava apenas uma das coisas que descobri nos últimos tempos. Ou melhor, que assimilei.

29 setembro 2008


Ando com isto metido na cabeça...


"Caí por crecer, callé por hablar.

Confundo el agua con la sal.
Aprendimos a mirar con la duda
entre los dedos y a tientas.
Descubrimos que al final,
las palabras que no existen
nos pueden salvar... sin hablar."


Nem sei porquê. Mas, gosto.

27 setembro 2008


Pausa. Respirar fundo. Recomeçar.

04 julho 2008


Sento-me aqui e começo a escrever; coisas sem sentido, frases que não se interligam entre si. Acho que tenho demasiada coisa para dizer e uma vontade nula de me debruçar sobre os assuntos. Sei que esta situação não será pendente por muito mais tempo... Já mudei de instalações e tudo. E que giras ficaram! :D

E depois ainda é o nervoso de voltar a um sítio onde vivi coisas muito boas e outras muito más. É o saber que vou rever duas pessoas que, a bem ou a mal, fazem parte e também ajudaram a criar aquilo que sou hoje, sobretudo a M., que é, na verdade, como olhar-me no espelho. E dá medo. Dá medo não saber como serão as coisas depois... dá medo saber que me vão espetar coisas e me vão magoar, com a promessa de que depois tudo melhora. Quem me garante? E o abraço, onde está?

E, como se não bastasse, há conversas parvas que não lembram a ninguém, numa altura como esta. Há coisas que se fazem com a melhor das intenções e, no fim, parece que não era bem aquilo e a p*ta somos sempre nós, já dizia o meu amigo M. Guardião. Olha, é o que temos.

Por agora, continuo por aqui. Tentando não pensar muito no que está para vir, neste futuro imediato. Tentando não dar importância às semanas que se sucedem, arrastando consigo uma saudade já anunciada. E claro, podia falar sobre tudo isto; mas, com quem? :)


"We'll love you just the way you are
If you're perfect."

30 junho 2008


Por lo menos... ha ganado ES-PA-ÑA! :D

19 junho 2008


Três palavrinhas:

LAN-GO-NHAS!

09 junho 2008


"I just got lost
Every river that I've tried to cross
And every door I ever tried was locked
And I'm just waiting till the shine wears off..."

Saudades de que dissesses quase tudo, da melhor maneira.
Também temos encontro marcado. :) E bom que é sabê-lo.

04 junho 2008


Summercase! A este, sim, EU VOU! :D

Os Kookinhos que me aguardem... (L)

26 maio 2008


25 dias...
...and counting. Bolas!

Death Cab for Cutie, Grapevine Fires


Ninguém fala melhor sobre este tema.
Ninguém me deixa mais tranquila com a maneira como canta sobre o assunto. Depois de "What Sarah Said", acho que encontrei a outra canção a tocar no meu funeral. :)


...We bought some wine and some paper cups
Near your daughter's school when we picked her up
And drove to a cemetery on a hill
On a hill

And we watched the plumes paint the sky gray
But she laughed and danced through the field of graves
And there I knew it would be alright
That everything would be alright...


Obrigada, Ben. Por tudo. Vemo-nos em Julho. (L)

Começo a achar que não tenho queda para isto dos blogues. Não é que não tenha muito para dizer ou vontade de escrever, mas acabo sempre por me decidir a ocupar o tempo com outra coisa.

Estou a viver num impasse. Sinto-me como se me arrastasse pelos dias, sem grande aprumo no que ando a fazer e sempre a correr de um lado para o outro. Não é que tenha realmente pressa de ir para algum lado, mas sinto-me como impelida por uma força que não se vê. Acho que se chama responsabilidade.

Acho que preciso de mudar de vida, como na canção do outro. Acho não, tenho a certeza. E ando a tentar aproveitar as coisas que surgem e que ainda tenho oportunidade de fazer, mas acho que não anda a correr muito bem. Mudei assim um bocadinho desde há uns meses para cá e depois de várias conversas com um amigo meu sobre como viver sem papar fretes, acho que estou no bom caminho. Claro que não agrada a toda a gente, mas, es lo que hay.

E há ainda muita coisa para aprender, há ainda muitas coisas nas quais me devo aperfeiçoar e há ainda muitas discussões que tenho de ter. Uma coisa de cada vez, um passo e depois o salto. :)

Resta dizer que estou feliz, ou bem, ou tranquila, ou bem disposta. Ou nada disto, mas também nada de mau. Estou assim, como há-de ir.

29 abril 2008

Constatações.


Nada Surf + Barcelona?
Sim.

Sol + Barcelona?
Sim.

Eu e vocês?
Sim.

Eu e tu?
Sempre.


"I'd like to return this spell
It's not my size
Your lies are so much bigger
Than my lies
And your ties are made of things
That shouldn't make ties

Oh fuck it (fuck it)
I'm gonna have a party!"

19 abril 2008


Chove como se não houvesse amanhã. Os dias parecem-me inúteis e deprimentes. Por mais planos que faça, nada corre de maneira adequada. E sinto-me a fraquejar. Sinto-me com vontade de ficar aqui sentada, sozinha, à espera de que voltes. À espera que entendas que sem ti não posso continuar; não consigo.

Estou numa fase complicada. Não gosto da maior parte daquilo que faço; não me sinto suficiente para nada; não tenho um ombro onde encostar a cabeça, no fim do dia; não posso falar de coisas importantes com pessoas de quem gosto; não tenho solução para nenhum dos meus problemas.

E sei, bem sei que não mudaria grande coisa se aqui estivesses. Mas, creio que teria mudado a forma em como chegámos até aqui. Eu, tu e todos eles. As coisas sucedem-se umas às outras e ninguém pára para pensar no que realmente aconteceu. Achas normal? Não sei se será esta a forma de lidar com isto.
Mas estou aqui, sim. Por agora, estou. Mas não quero estar... não quero sentir que perco mais tempo, que nada foi como tinha imaginado. E não, nada do que possas dizer me confortará. Desculpa, eu sei que nada disto é culpa tua. Sete anos é imenso tempo. Repara como, no final de contas, ninguém mudou para melhor.

Que saudades tenho tuas. Que saudades tenho do que representavas. Que saudades tenho do antes de tudo isto. Que saudades tenho deles. Que saudades de não saber tanto sobre tudo. Que saudades da inocência.

Temo que nada do que me lembro, tenha sido realmente assim.
É sufocante. Juro que sim. Eu odeio o mês de Abril.


I didn't hear you leave
I wonder how am I still here
And I don't want to move a thing
It might change my memory
(...)
And I won't go
I won't sleep
I can't breathe
Until you're resting here with me
(...)
And I won't leave
I can't hide
I cannot be
Until you're resting here with me

30 março 2008


Odeio o mês de Abril. Não sei porquê. Quer dizer, até sei.
É um ódio minimamente recente e cada ano gosto menos.
Acho que tem a ver com a maneira como se diz. E do "Abril, chuvas mil". Sempre me soou muito mal.
Abro a excepção para o "25 de Abril", porque já se disse tantas vezes que fica entranhado. E é sinónimo de coisas. Coisas boas, algumas. Não sei.

Manias parvas que as pessoas têm.

We Are Scientists - After Hours


Voltei a andar pelo norte. Desta vez, sem Rede Nacional de Expressos que me valesse. Ou O., que cada dia acorda com uma decisão nova. Tinha comigo o Javardo e mais uma ou outra coisa de grande valor. :)

É quase como se fosse um voltar a casa, que não é minha, mas que me traz aquela familiaridade típica das casas onde crescemos ou onde passamos muito tempo em pequenos. Que não é nada disso, já que duvido ter crescido em altura desde 2005, mas que podia ser, num universo assim para o paralelo. Porque também se cresce quando já se é crescida. E não, não é só para os lados. :)

A C. desafia todos os meus sentidos, traz sempre algo de novo e enche-me de orgulho, por saber que a tenho na minha vida. Como diria o Rui Veloso, "haverá gente informada, se é amor isto que sinto". E creio que sim. Não se chama ninguém de mana velha à toa e depois as consequências estão à vista. Um relação de cão e gato, mas que vai sempre crescendo e que dá saudades, aún que no sea de presença, de conversa ou de toque. A saudade tem para aí muitas variantes. :)

E visitam-se coisas, fica-se acordado até tarde, em conversas ou de nada, ou de tudo. Não há grandes pressas, não há mapas e não há grande vontade em sair do carro, porque do lado de fora o conforto é menor. E partilha-se muito. Tanto que se perde a conta. E quem falta, está por perto, nem que seja no silêncio de um auricular. E, por momentos, pensa-se que a vida pode ser mesmo só isto. Uns bocadinhos aqui e ali, resmunguices e buzinadelas nos entretantos, uma chuva que molha até aos ossos, seguida de um sol que nos fere a vista.
E, no fim do dia, a certeza de que isto não acaba aqui. It wouldn't make any sense.

"We're all right where we're supposed to be."

Procrastinar, é a palavra do momento.


Tenho imensa vontade de escrever. De tudo, sobre tudo.
É algo que me anda a perseguir há já uns dias.
Curiosamente, é a última coisa que tenho feito.
Seja em blogs, em Zap books, em Word ou onde quer que seja.

Acho que vem tudo da preguiça. Sabia há já uns tempos que ia ter uma semana "livre", então fiz uma dezena de planos, de coisas que queria fazer e resolver nesse espaço de tempo. Que, parecendo que não, ainda é muito. Prometi a mim mesma que não me ia preocupar muito com o outside world e que ia mesmo fazer o que tinha pensado. Claro, claro; com certeza.

Primeiro, foi um favor que já vinha atrasado, depois foi a J. que foi para França, depois foi o favor ao meu irmão, depois foi isto e depois foi aquilo. Por fim, fui eu que desisti dessa ideia e resignei-me ao facto de ter de dar a semana como perdida. E hoje, domingo, dou o feito por não feito e sei que amanhã vai ser tudo à última da hora. Há coisas que são mesmo assim.


P.S. - Aproveito para informar que a secção de favores está fechada para obras, com reabertura incerta, sobretudo se o assunto envolver tempo perdido sem rendimento que se note e/ou computadores. Muito agradecida.

07 março 2008

The National


You know I dreamed about you
for twenty-nine years before I saw you.

You know I dreamed about you, I missed you for... for twenty-nine years.

Esta música é... (L).

E sim, como disse a M., tivesse ele tido twenty-four and 2/3 , e seria perfeito.

Ninguém tem por aí um bilhete a mais, não? Pretty please? :\

09 fevereiro 2008


I wish the world was flat like the old days

Then I could travel just by folding a map
No more airplanes, or speedtrains, or freeways
There'd be no distance that could hold us back.

Eh. Se fosse só pedir de boca...

04 fevereiro 2008


"I was an accomplished practitioner of delayed gratification.
Hugh once said people who could delay gratification were highly mature. I could put off happiness for days, months, years. That's how 'mature' I was.
I learned it from eating Tootsie Roll Pops as a child. Mike would crunch through the candy shell immediately to get to the chocolate in the middle, while I licked and licked, wearing it down in an agonizingly slow process."

in The Mermaid Chair, Sue Monk Kidd


Quem diz Tootsie Roll Pops diz outra coisa qualquer; na minha perspectiva, sempre algo sem chocolate, claro. But, yup, that's me. Sem sombra de dúvida. :)

31 janeiro 2008

Nada Surf - See These Bones


Ouvia dizer quando era miúda que "o tempo cura tudo". Achei sempre que isso era só conversa, mas, com o passar dos anos, começo a achar que não. O problema do tempo é que não o podemos realmente controlar. Claro que podemos ter agendas, marcar coisas para cada cinco minutos e tudo isso, mas, no fundo, bem lá no fundo, não o controlamos. E porquê? Porque existem imensas coisas que não dependem unica e exclusivamente de nós. E é uma chatice.

Nestes últimos tempos tenho visto, ouvido e vivido um pouco de tudo. E embora não me sinta "curada" por nada do que o tempo me tenha feito, noto algumas mudanças que, embora ligeiras, são estupidamente atenuantes.

Sinto-me tentada a fazer listas de tudo e de todos. Listas das coisas que já fiz, das que gostava de fazer e das que não tenho bem a certeza. Listas das pessoas com quem realmente me importo, das que já não fazem parte da minha vida e daquelas que vão e vêm, só porque acham que podem. Listas de coisas.
Acho que a ideia é a de que, ao fazer as listas, estou a organizar ainda mais a minha vida. Não é que ela esteja assim tão desorganizada, mas este complexo de Monica Geller é uma coisa que não me larga. Nunca uma personagem fictícia me assentou tão bem. :)

E pronto, nos entretantos e nos imediatos, cá estou. Afectada por este tempo doido, que traz o calor primaveril de tarde e o frio normal de Inverno pela noite. Tento dia após dia domar as minhas crianças, mas não sei se terei sucesso. O Castelhano melhora a olhos vistos, graças a umas ajudas assim por fora. Preciso de ter mais trabalho. Alguém a precisar dos meus serviços? Não? Ah, e já agora, estou farta da capa deste livro aqui na página do blog, mas, a verdade verdadinha, é que ainda não o acabei de ler. Que desmazelo.

(Re)apaixonei-me por Nada Surf. Tudo culpa desta música. (L)

I don't like to call or write
Except when is too late at night and
I am mostly just thinking in the dark.

19 janeiro 2008

Voxtrot, Every Day


Não sei porque não tenho vontade de escrever. Na verdade, também é "falta de tempo", mas, no fundo, é mesmo uma preguiça. Mas daquelas preguiças que não têm solução.

E depois é esta coisa de ter de me justificar. Que não tenho, mas acho sempre que sim. E não tive resoluções de Ano Novo. Sinto-me como um Ben Gibbard, mas sem o mínimo talento. É estranho.

Mas estou bem, tão bem. E isso não consigo descrever. Há coisas que já não sei partilhar. E temo, mais do que tudo, que não interessem minimamente aos demais. Coisas.


There is no easy way when I
Crane my neck to kiss your head, I know
That there is something that I can rely on
And when I strain my thoughts to push this thread I sew
It's some kind of future that I can be sure of.