19 abril 2008


Chove como se não houvesse amanhã. Os dias parecem-me inúteis e deprimentes. Por mais planos que faça, nada corre de maneira adequada. E sinto-me a fraquejar. Sinto-me com vontade de ficar aqui sentada, sozinha, à espera de que voltes. À espera que entendas que sem ti não posso continuar; não consigo.

Estou numa fase complicada. Não gosto da maior parte daquilo que faço; não me sinto suficiente para nada; não tenho um ombro onde encostar a cabeça, no fim do dia; não posso falar de coisas importantes com pessoas de quem gosto; não tenho solução para nenhum dos meus problemas.

E sei, bem sei que não mudaria grande coisa se aqui estivesses. Mas, creio que teria mudado a forma em como chegámos até aqui. Eu, tu e todos eles. As coisas sucedem-se umas às outras e ninguém pára para pensar no que realmente aconteceu. Achas normal? Não sei se será esta a forma de lidar com isto.
Mas estou aqui, sim. Por agora, estou. Mas não quero estar... não quero sentir que perco mais tempo, que nada foi como tinha imaginado. E não, nada do que possas dizer me confortará. Desculpa, eu sei que nada disto é culpa tua. Sete anos é imenso tempo. Repara como, no final de contas, ninguém mudou para melhor.

Que saudades tenho tuas. Que saudades tenho do que representavas. Que saudades tenho do antes de tudo isto. Que saudades tenho deles. Que saudades de não saber tanto sobre tudo. Que saudades da inocência.

Temo que nada do que me lembro, tenha sido realmente assim.
É sufocante. Juro que sim. Eu odeio o mês de Abril.


I didn't hear you leave
I wonder how am I still here
And I don't want to move a thing
It might change my memory
(...)
And I won't go
I won't sleep
I can't breathe
Until you're resting here with me
(...)
And I won't leave
I can't hide
I cannot be
Until you're resting here with me

1 comentário:

Anónimo disse...

Abracinho? :S

Gosto muito de ti. (L)