30 agosto 2006


Juro que hoje, se pudesse, me punha aqui aos pulos feita parva e fazia uma dúzia de coisas que não tenho podido fazer nos últimos dias. Amanhã provavelmente já nem me sinto assim, hoje é que era.

Mas.. eh.. better not. :)

29 agosto 2006


You Are Cookie Monster

Misunderstood as a primal monster, you're a true hedonist with a huge sweet tooth.

You are usually feeling: Hungry. Cookies are preferred, but you'll eat anything if cookies aren't around.

You are famous for: Your slightly crazy eyes and usual way of speaking

How you live your life: In the moment. "Me want COOKIE!"
The Sesame Street Personality Quiz

Epaaaaaaaaaahh.. isto é tudo difamação! Comer eu? LOOL Impossível!
Quer dizer, na altura da Rua Sésamo, era uma bela lontra, sim. Magricelas, even so. Snif!

Ainda bem que o V. não vem aqui.. senão, lá se ia o meu esforço de denial destes últimos anos! :D

Oh well, ao menos era um dos bichos mais cool da Rua Sésamo! :D
Eu até divagava um bocadinho sobre a dita e as tardes na casa da avó I., mas.. tenho de ir traduzir! Humpf!

Regina Spektor, Fidelity


Já está quase, quase, quase.. :D


[And suppose I never met you
Suppose we never fell in love
Suppose I never ever let you kiss me so sweet and so soft
Suppose I never ever saw you
Suppose we never ever called
Suppose I kept on singing love songs just to break my own fall
Just to break my fall]

25 agosto 2006


Acho que já percebi mais ou menos. Não pode ser assim; não posso começar pelo fim.

É a mim própria que tenho de dar tréguas. Entender que é um ciclo que acaba e outro que começa, sem que isso queira ser prenúncio do que quer que seja.
Já não deve faltar assim tanto. As coisas acabam sempre por ter um certo prazo; quer se queira, quer não.
Um destes dias de Setembro deverá mesmo ser o Primeiro Dia do resto da minha vida.. E, mesmo que assim não seja, ainda devo conseguir ouvir o Sérgio cantá-lo de novo, no dia 3. Vai saber bem, sabe sempre.

Contudo, continuo na minha: as melhores coisas nunca nunca se repetem, nem tão-pouco voltam a ser como eram.

24 agosto 2006


Hum.. acho que só faço isto porque tu me pediste.

Ora bem, aqui vai:

I) Desde que me entendo como gente que me começo a despachar sem ser à pressa e acabo sempre a sair de casa quase a correr;
II) Tenho muito mau feitio. As pessoas pensam que não, porque me estou sempre a rir e a fazer figuras e piadas parvas, mas tenho mesmo;
III) Custa-me muito passar um dia sem ouvir música, ao ponto de me complicar (ainda mais) o sistema nervoso;
IV) Adoro ajeitar-me num canto do meu quarto, sozinha, num fim de tarde ou pela noite dentro, pegar no portátil e ver um filme ou os episódios, dessa semana, das minhas séries. E sim, algumas das vezes a ruminar [o que cabe dentro de um pacote das minhas pipas, enfiadas num dos copos do gelado Perna de Pau], o que me dificulta a perceber o que é dito, mas que me dá o maior dos prazeres;
V) Sempre que alguém [com quem tenha, pelo menos, alguma confiança] está a cozinhar ao pé de mim, roubo duas ou três pedrinhas de sal grosso - directamente do pacote ou do saleiro;
VI) Tenho prazer em emprestar as minhas coisas, em ser útil, em dar, em fazer tudo pelas pessoas amigas - contudo, sinto-me do tamanho de um hipopótamo bebé (sim, eu sei.. é grande.. mas odeio insectos, como formigas, etc.) quando no reverso recebo indiferença.

Custou a começar, mas agora acho que faria uma lista bem maior. :)
Se tenho de passar isto a alguém, pode bem ser ao R. e à C.! Ainda oferecia isto a mais uma ou outra pessoa, mas não têm blogs nem fotologs. Essas também valem?

561 / 562 / 563


Normalmente, quando tem de surgir, surge logo de manhã. Assim que me levanto.
Contudo, é disfarçado, naquela azáfama matinal que nunca nunca consigo fazer em versão lenta. O problema é que depois, naquela viagem que nunca demora menos de 40 minutos, volta. Assim de mansinho, como quem não tem qualquer objectivo ou segunda intenção. É inevitável pensar em tudo e mais alguma coisa, achando que se tem de chegar a qualquer conclusão.
Sento-me quase sempre à janela, tenho sempre uns headphones metidos nos ouvidos e um telemóvel no silêncio. Às vezes, também levo um livro. Hoje, por acaso, não.
Uma manhã mais ou menos, umas conversas engraçadas. Almoço bom, onde ouvimos coisas, contamos histórias, segredamos o que achamos que vai ser bem recebido. Até vemos filmes "fofinhos", pelos quais não daríamos dinheiro.. não fosse pela companhia.
Se na viagem de volta, o sono teima em não chegar, volta-se a pensar. Pensa-se muito e muito pouco no que parece fazer mesmo falta. E então, lá vem ele.. de mansinho, embalado pela mão de uma letra ou de uma melodia de uma canção. Uma daquelas que nos diz muito e que não esperávamos que começasse a tocar naquele momento, mesmo que saibamos a lista do leitor de mp3 de cor.
Fica ali, sentado ao nosso lado. Como se nos tivesse a repreender por algo que tenhamos feito mal, embora nem saibamos exactamente o quê. É só mais um dia passado, mais umas coisas para contar depois.

E fica esse vazio.. que nos deixa na boca o sabor de dever não cumprido.

21 agosto 2006

Joseph Arthur, In the Sun



I pictured you in the sun wondering what went wrong
And falling down on your knees asking for sympathy
And being caught in between all you wish for and all you seen
And trying to find anything you can feel that you can believe in

I know I would apologize if I could see your eyes
'Cause when you showed me myself, you know, I became someone else
But I was caught in between all you wish for and all you need
I pictured you fast asleep
A nightmare comes
You can't keep awake

I don't know anymore
What it's for
I'm not even sure
If there is anyone who is in the sun
Will you help me to understand?
'Cause I've been caught in between all I wish for and all I need
Maybe you're not even sure what it's for
Any more than me

May God's love be with you
Always


[Às vezes, de se falar tanto, fica-se sem mais nada para dizer depois.]

20 agosto 2006


Epah.. quote:

"[o filme é bom], muito light.. mas com boa sms!"

Leia-se.. com boa mensagem. LOOOL


É da hora, tenho a certeza. Ai ai. :D

18 agosto 2006


− Don't forget about me.
− I won't remember anything else.

in Imagine, Me and You.


:)

17 agosto 2006

Are you hoping for a miracle? It's not enough.


Primeiro era a desculpa do calor. Depois a desculpa do não me apetece. A seguir a desculpa do não sei muito bem. Agora.. já não tenho muitas mais desculpas. Assim sendo: fi-lo! (Pelo menos um bocadinho..)
Já sei, já sei. Tenho muita sorte.

Ando completamente viciada em música. Sim, quase todos nós somos.. mas isto está a chegar a um estado diria.. engraçado. :)

Bem-haja à MTV por passar grande parte do concerto dos Bloc Party, ontem à noite, em Paredes de Coura. Caso para dizer, I wish I was there. Giríssimo! :D

16 agosto 2006

'tadinho do /lalala


Hoje, 16 de Agosto, é o Festival Janamashtami no Hinduísmo. Festival esse que assinala e festeja o nascimento do deus Krishna. As coisas que eu não sabia. :)

Por este motivo, estive uns largos minutos à espera que a miúda almoçasse uma mistura que é suposto comer-se neste dia especial. Por este motivo, tive mais um bocadinho de tempo para ouvir a outra miúda divagar sobre tudo e mais alguma coisa. Por este motivo, ainda troquei umas sms com a outra que faltava e que tinha ficado triste por não ter podido vir hoje connosco.

E tudo ficou para mais tarde. Até ia chegando atrasada para o gelado!

Conversas doidas com gente pequena, em que se diz muita parvoíce e só se ri, enquanto não chega a altura das conversas sérias. E conversas sérias com gente grande, para depois se poder dizer as parvoíces que também fazem rir. Entre os 16 e os 26, há espaço para tudo. Até para se ter 23. :)

Aqueles dias bons, fora de casa. :D

15 agosto 2006


Quando tinha uns 8 ou 9 anos, a minha tia gostava muito de ir fazer compras na Makro. As minhas primas, com mais 4 e 8 anos do que eu, iam sempre com ela. E eu, que morava muito perto delas, às vezes passava a tarde lá em casa a brincar com a A. (a que tem mais 4 anos do que eu), tinha de ir para casa nessa altura. Isto porque, caso não saibam, só se pode entrar na Makro a partir dos 12 anos. Ou pelo menos, naquela altura era assim. Ou era o que me dizia a minha tia.

Não sei o que pensava ser a Makro, não fazia ideia do que queria dizer um "supermercado de revenda", mas também não me interessava muito. O fascínio era pelo o que a minha tia trazia de lá. Blocos, canetas, dossiers, pastas, lápis de cor, canetas de feltro, réguas, cartolinas.. tudo, tudo em quantidades industriais. Eu delirava, quando chegavam aqueles dias de fim de Agosto e as compras do mês da Makro eram dedicadas ao início do ano escolar das minhas primas. Perante o meu entusiasmo, a minha tia dava-me sempre uma coisa ou outra do stock delas e eu voltava para a casa toda contente e desejando ardentemente ter 12 anos, para poder pisar o chão daquele supermercado maravilha.

Este fascínio não deve ter durado muito tempo, porque agora tenho 23 e nunca pus os pés na dita Makro. Se calhar, a abertura do Jumbo em Setúbal (no ano de 1992) teve influência nisto. Assim como o nascimento do meu irmão, também nesse ano, que fazia com que já não fosse passar tantas tardes com as minhas primas. Ainda assim, guardo sempre esta memória. E, de cada vez que passo a portagem ali naquela zona, lembro-me o parva que fui por achar que aquilo me ia fazer muito mais feliz. Claro que também penso sempre que um dia tenho de lá ir.

Nunca quis ser mais velha para nada, a não ser para isto. Que ridículo. :)

Isto tudo porque agora.. dava tudo para me sentar no chão do quarto da A. e abrir com ela todas as embalagens trazidas pela tia e pelo tio. Sorríamos durante largos minutos ao abrir de cada saco. E depois, aqueles lanches de torradas com manteiga acompanhadas de chá quente, para deixarmos as coisas da escola e voltarmos ao Monopoly e ao Jogo da Oca. Isto quando o fim do Verão já trazia um fresquinho que sabia bem, isto quando no fim do Verão não havia centenas de hectares queimados, isto quando o começo do mês de Setembro era a minha altura do ano preferida, isto quando a vida parecia muito mais cor-de-rosa do que agora.

Engraçado. Todos queremos voltar para trás. O que haverá de tão mau no seguir em frente?

13 agosto 2006

Snow Patrol, Make this go on forever


Almoço tranquilo nos avós; só nós os 3. :)

São giras quelas piadas que agora o avô faz e ainda há as preocupações da avó, que são cada vez em maior número. Gosto daquelas conversas, daquela comida, daquele cheiro.. tudo tão familiar. Deixando-me levar por estas coisas e pelo calor que só dá vontade de dormir, acabei por me render à sesta. Depois de umas 3 horas de sono, naquela sala de sempre, junto com a avó que também se rendeu, achei que já era hora de vir para casa. Deixá-los lá, no seu cantinho.

No caminho para casa, e ao passar pela casa que foi da minha outra avó, parei um bocadinho. Há 20 anos atrás, quando tinha de ficar um pouco nas minhas avós, depois do Infantário, contam que - assim que já era demasiado escuro - eu vestia o casaco, me sentava na entrada e dizia (quando me pediam para ir dormir) de forma contínua e ininterrupta, como só as crianças sabem fazer: "a minha pai nunca mais nã vem." LOL Enfim.. não gostava muito de dormir fora de casa.

Uns anos depois, andava sempre a dormir aqui e ali. Na casa deste amigo ou daquela amiga. E até me oferecia para dormir nos meus avós, uma vez ou outra, para os compensar dos anos em que era embirrante.

Ai ai.. não sei se ria ou se chore. Que ando eu a fazer?

[P.S. - Deve haver uma explicação lógica para as pessoas terem mais sonhos parvos do que seria suposto, na média semanal.]

12 agosto 2006

11 agosto 2006



Bom é ter daqueles amigos que insistem connosco para que saiamos de casa. Aqueles amigos que nos levam à praia e com quem se pode conversar, sem estar sempre a olhar para o relógio ou para o telemóvel.

Bom é saber aproveitar a mão, de quem a estende com boa vontade.
Afinal.. quem não gosta de um mimo, quando as coisas não estão assim tão bem?

E o resto.. é tudo Tróia. :D

Post Scriptum:


Giro giro (ou então não!) é vê-los a voltar à base se e quando as coisas correm mal. Sinceramente, não me dá prazer algum, mas não consigo deixar de achar irónico me virem dizer depois que fui sempre a única que se preocupou, mesmo quando não quiseram saber da amizade que nos unia.

E isto não é drama, não é novela. Já aconteceu assim, tal e qual, uma meia dúzia de vezes.

Coisas. Só mesmo porque não gosto de equívocos. :)

10 agosto 2006

prioridade


s. f.,
primazia de tempo, de ordem ou de categoria;
anterioridade, precedência;
primazia;

Prioridade afere sempre uma escolha, uma decisão, um passo a tomar - isto é o que dizem.

Desde pequena que a minha mãe me diz que tenho de definir as minhas prioridades e sempre achei que o fazia bem, segundo os moldes em que me tinha sido ensinado. Contudo, com o tempo, comecei a achar que - se calhar - as coisas não eram assim tão simples.

Sempre achei que as pessoas que entram na nossa vida, num determinado momento, têm de saber viver com o que já cá existia. Sendo que isto é recíproco, claro. Ou, pelo menos, devia sê-lo. Confesso que não sabia que isto não era ponto assente para toda a gente. Sério, não sabia mesmo. E quando, pela primeira vez, fui confrontada com isso, era ainda muito parva para entender exactamente o que se estava a passar.

Se calhar, sou eu que estou errada. Muito provavelmente sou eu que não estou a entender bem, mas perdoem-me se não consigo perceber como é que amigos deixam de falar com amigos por causa de outras pessoas que entraram depois nas suas vidas. Nem é bem deixar de falar, é deixar de querer saber. Lá está, é uma nova prioridade.
Se calhar, fui eu que sempre estive enganada. Em todas aquelas afirmações parvas que fazia, contrariando quem me amava, porque achava que ele tinha de perceber que não podia abdicar dos meus amigos e da minha vida before, só porque agora estávamos juntos. O erro foi de certeza meu, calculei mal as minhas prioridades.
Só pode ter sido isso, porque - olhando agora em volta - vejo a quantidade de gente que não se importou minimamente comigo ou como iria ficar a nossa amizade, depois de um "Agora, se calhar, tenho de ter outras prioridades. Percebes, não percebes?".

Se calhar, mas só se calhar, eu estava mesmo errada e os outros é que fizeram bem. Olha-os tão felizes agora.

Contudo, can't help but thinking, que se calhar, mas só se calhar, não quero ser assim tão amiga de gente assim tão (in)diferente.
Obrigada na mesma. :)

09 agosto 2006


Pior do que ser na Arrábida, é ser também no Viso e em Casal Figueiras e ameaçar a casa das pessoas.. ai.

Nesta altura do ano, quando vou à janela e me cheira a queimado, há cinza no ar e fumo a vir do lado de lá.. só pode ser uma coisa: a Arrábida está (de novo) a arder.


Bolas. Odeio ter razão. :(

'I dreamed we were there. The plane leapt the tropopause, the safe air, and attained the outer rim, the ozone, which was ragged and torn, patches of it threadbare as old cheesecloth, and that was frightening. But I saw something that only I could see, because of my astonishing ability to see such things: Souls were rising, from the earth far below, souls of the dead, of people who had perished, from famine, from war, from the plague, and they floated up, like skydivers in reverse, limbs all akimbo, wheeling and spinning. And the souls of these departed joined hands, clasped ankles, and formed a web, a great net of souls, and the souls were three-atom oxygen molecules, of the stuff of ozone, and the outer rim absorbed them, and was repaired. Nothing is lost forever. In this world, there's a kind of painful progress. Longing for what we've left behind, and dreaming ahead. At least I think that's so.'

Harper Pitt, in Angels in America

07 agosto 2006

Humpf!


Odeio ter de fazer coisas de que não tenho vontade.
Odeio quando decido não as fazer hoje (já que não tenho vontade) e depois fico a olhar para o vazio, porque nem sei do que tenho realmente vontade.
Odeio quanto tenho tudo e quero tão pouco.
Odeio ter pouco quando quero ter tudo.


Irra. Haja mau feitio.

06 agosto 2006

the Kooks, Naïve


Gosto de ouvir música.
Acho que há pouca coisa de que goste mais. :)

Hoje fui lá de novo.
Há já uma semanas que não punha lá os pés e, aproveitando a boleia, acabei por ir até com alguma vontade.

A meio, naquela parte em que só temos de ouvir, deixei de olhar para as coisas das mesma maneira. Sentei-me direita no banco e pus-me a olhar em redor com mais atenção. Tantas pessoas, tão diferentes, tão distintas. Depois, num acesso de parvoíce, pus-me a pensar no tempo que restava a cada uma delas. Nos entretantos, procurei com os olhos os lugares quase marcados onde, outrora, se sentaram sempre as mesmas pessoas. Agora, estavam lá outras - porque as primeiras, ou deixaram de lá ir ou foram levadas deste mundo.
Estranho. Mais 40 ou 50 anos (e estou a ser optimista), o meu lugar (embora o de hoje não fosse o meu "marcado") também irá ser de outra pessoa, de outras pessoas.

Não sei se alguém pensará nisso e também não me interessa muito. Eu perdi ali uns largos minutos a pensar no que raio fazemos nós aqui, ali, acolá, seja onde for. Nasce-se, anda-se na (e não à) escola, trabalha-se, casa-se (ou não!), têm-se filhos (ou não, again!), continua-se a trabalhar, mais um ou dois verbos no meio e morre-se.
E lá fica o nosso lugar para outras pessoas. (Claro que nada disto daria que pensar, se o ser humano não fosse um animal de hábitos e, de cada vez, se sentasse num lugar diferente!)

Naquele bocadinho de manhã, pensei em tudo menos naquilo em que estava a ouvir.
Acho que é medo. É esta conversa do "agora já vais ser crescida!". Enfim.


No meio de tudo isto, foi tão bom estar ali sentada ao lado dela. Ela que, como todos os outros assíduos, também tem um lugar marcado. Mas hoje não. Hoje era um dia diferente e o Agosto é sempre de livre arbítrio, no que respeita ao sítio onde nos sentamos.
Já não a via há uns dias e tinha saudades. Não de muita coisa, só mesmo de tê-la ali, segura, ao meu lado. Depois, por breves segundos, pensei como seria quando o lugar dela também fosse ocupado por outras pessoas, mas abanei (muito discretamente) a cabeça de modo a afastar esses pensamentos parvos. Não percebo.

Se calhar, mais valia ter ficado na cama.

05 agosto 2006

'A secret's worth depends on the people from whom it must be kept.'


Eram exactamente 5:32 da manhã, quando pousei o livro e limpei à almofada o que parecia ser um resto de lágrimas.

Há já uns anos que não fazia o que tinha acabado de fazer. Há já uns anos que não lia mais de 250 páginas seguidas, pela noite dentro. Que livro mais.. cheio de tudo.

Obrigada a quem mo emprestou. Acho que este livro vai decerto ser uma opção de escolha lá por volta do Natal, pelo menos para quem, como eu, gosta de ficar acordado para que lhe contem histórias. :)

04 agosto 2006

La sombra del Viento, Carlos Ruiz Zafón


Não há nada como voltar a bons velhos hábitos.

Convenci-me de que tinha deixado de ler por causa da faculdade.. do stress, das coisas que tinha de ler para as aulas, do pouco tempo que tinha e tal e tal. Mas agora, pensando melhor, talvez tenha sido isso aliado a outras coisas mais substanciais.

A Internet, por exemplo. Às vezes, ponho-me a fazer contas às horas que perco aqui. Contudo, depois penso as horas que poupo em certo tipo de coisas, o que me rio noutras e, parece-me na altura, fica tudo equilibrado. Se calhar, não. Se calhar, as dezenas de livros que tenho ali para ler teriam sido uma melhor opção. Maaaaas (ahah!), nada está perdido. E nem sei explicar como me têm sabido bem estas centenas de páginas que tenho lido.

Quando perceber mais um bocadinho do template, lá partilharei (com mais regularidade) o livro que está pousado na mesa de cabeceira.

As boas-vindas!


Tenho um problema grave: acho que tenho sempre razão.

Podia ser ainda pior, se fizesse questão de estar sempre a dizê-lo. Com alguma sorte e pouca maturidade, consigo dissimular - na maior parte das vezes - que nada do que me foi dito me convenceu, nem um bocadinho que fosse, se a minha ideia anterior era exactamente a contrária à agora exposta.

Quando era mais miúda diziam que era teimosia. Também já o apelidaram de personalidade forte. Eu acho que é mesmo arrogância da pura. E foram já inúmeras as vezes em que vi - depois - que estava completamente errada e me roí por dentro, como que a castigar-me por ter de novo sucumbido a esta parcela do meu mau feitio. Contudo, acredito que, aos poucos, estes maus hábitos se irão perder e, na verdade, agora até já me consigo deixar convencer por dá cá aquela palha - pelos menos, quando o caso assim o exige.

Mas, no íntimo, naquele sítio onde só eu posso desbravar, sei exactamente o pouco que só há uns anos tem vindo mesmo a mudar. Coisas. :)