22 dezembro 2006

Climie Fisher - Love Changes (Everything)


*sighs*

Não, ainda não é assim. Mas está quase.. já esteve mais longe.
Ânimo. :)

13 dezembro 2006

Pet Shop Boys - Numb


Quão ténue é a linha que divide o brincar do gozar?

Pois é, pois é. Como diria o outro: "Vai buscar!"

11 dezembro 2006

sono

s. m.,
estado de repouso periódico do corpo, especialmente do sistema nervoso, em que há uma cessação temporária da actividade dos órgãos dos sentidos e do movimento voluntário;
desejo de dormir;
estado de quem dorme.

É um facto que nada me deixa num estado mais alterado ou num estado em que digo e faço mais do que me julgaria capaz ou num estado de completa embriaguez. O sono, esse grande culpado.
Já tinha saudades de me sentir embriagada com sono. E com isso, dizer, fazer e sentir coisas que sóbria nunca dariam o mesmo prazer.

The Cars, Drive

Há coisas que não entendo.

Conhecemos uma pessoa, tudo muito giro, muito bonito. Daquelas coisas que não são planeadas e, se o fossem, não teriam o mesmo gostinho especial de coisa boa e inesperada. Parece que se consegue conversar de tudo; horas e horas em que todos os assuntos têm resposta. Gosto de pessoas inteligentes eu... gosto mesmo. Pessoas que não se limitam a concordar com ou a discordar de, mas que têm uma opinião própria, uma vivência que as faz ver as coisas de maneira diferente da nossa e que, mesmo que nem tenhamos plena consciência disso, nos enriquecem com o seu ponto de vista. Depois há aquela fase fofinha, em que tudo parece encaixar; em que era mesmo aquilo por que tínhamos esperado; ai credo, tanta coisa boa numa pessoa só.

Vai daí, é por isto que dizem que o amor é cego? Engraçado como sempre achei, segundo os contextos onde tal expressão era usada, que a cena do amor ser cego era porque importava mais a maneira como a pessoa era do que a maneira como se apresentava e se vestia e coiso. Talvez não. Talvez a expressão tenha uma contemplação bem mais ampla do que eu sempre imaginei e tenha andado enganada este tempo todo.

Acho piada (sem ter piada alguma) depois como as coisas se desmoronam. Como de palavras repletas de lamechice que não lembra a ninguém, se passa para o oposto da coisa e se dizem as maiores das barbaridades. Acredito piamente que, nas primeiras vezes, elas sejam apenas fruto da mágoa e da zanga e o raio; acredito também que, de tantas vezes serem ditas, acabam por ser como o sushi… primeiro estranha-se e depois entranha-se − e é esquisito. Então, mas espera... somos as mesmas pessoas? Ai somos. Ele há coisas que não entendo.

Entretanto, vão-nos dizendo de tudo. Quem está de fora tem sempre a maior das facilidades em apontar falhas, coisas que nos escaparam e tal. Aqueles conselhos, que sabemos serem os mais acertados, mas que nunca seguimos. Porquê? LOL Ora, gente estúpida mesmo. Claro que as coisas acabam por não ser como queríamos; se fossem e tudo corresse bem, as coisas não acabavam – simples.

Mas nem é isto que é importante… nem é isto que me intriga. O estranho mesmo é pensar que, à conta dessas parvoíces, em nome dessas zangas e das opiniões que se têm (sejam correctas ou não), se põe de lado tudo o que, um dia, teve a maior das importâncias. Se calhar, é mesmo assim. Os bonecos da Playmobil que já foram a minha vida, agora já não me dizem muito. Se calhar, é essa a ordem de ideias. Depois há o refúgio por detrás de uma honestidade que não joga com os padrões do resto do mundo, há a loucura quando a dor é a maior deste mundo, há o degredo só mesmo porque queremos parecer fortes e maus; e, finalmente, há a perversão, para colmatarmos todas as dúvidas que temos de nós próprios e das nossas aptidões para com o dito assunto.

E eu, não entendo. Posso rir, posso entrar nesse jogo do "toma lá, dá cá", "ah toma, sou mais forte e mau do que tu" e do "agora tu e depois eu"… mas... at the end of the day (que NÃO é como quem diz 'no fim do dia'), não vale de nada. O que se teve já não se tira, o que se perdeu já não se ganha, portanto, queimar a pestaninha para quê? Ah espera, porque somos crescidos e fortes e agora já sabemos sempre como ficar por cima. Vá lá... ao menos que se tenha aprendido uma posição nova no meio de tudo isto.

Só espero que seja verdade o que muita gente diz e acredita... isso de que as pessoas mudam. Porque se não tiverem mudado, há-de haver muita lágrima abafada na almofada, de noite, na merda, quando ninguém vê; e pior, simplesmente, não quer saber. Aí, tão fácil que é apontar o dedo, dizer isto e aquilo, acusar de tudo e mais alguma coisa, chamar isto e aquilo e dizer que é tudo da mesma laia. É fácil, só porque sim.

Há coisas que não entendo; provavelmente nunca vou entender. E acho que nem quero.

Assim sendo, acho que prefiro ir a pé para casa.

Our memories depend on a faulty camera in our minds...


Parece-me que é um pouco injusto agora. Não sei, talvez não seja, mas não deixa de ser confuso.

Por alguma razão, dei sempre muito mais valor àquelas duas outras pessoas. Não que as outras duas não fossem importantes e não tivessem um lugar só deles, mas era a convivência e a exclusividade do lado de lá que me faziam traçar esta "distinção". Era na maneira como era tratada, sobretudo naqueles anos mais miúda.
Fácil que era passar de um 8 para um 80, com apenas 50m de distância, coisa que não é tão vulgar assim, nestas situações. Nesse (curto) espaço eu deixava de ser uma pessoa para me tornar noutra, deixava as parvoíces de lado para uma postura mais séria (se é que se pode ter uma postura séria naquela idade), mudava a forma de tratamento e até as companhias, em certos e determinados casos.
Na altura, não percebia que as pessoas têm vivências e passados diferentes, são criadas também de maneira diferente e que isso se reflecte imenso na forma como encaram a vida e as adversidades. Engraçado como isso ser agora parece ser um dado adquirido.

Hoje, e ao longo destes últimos cinco anos e meio, aprendi a "re-descobrir" estas duas pessoas com quem nunca tinha criado um laço digno do parentesco que nos une. Uma proximidade que me faz vê-los com outros olhos, que me faz amar sem ser porque sim, mas porque quero. Uma convivência que me faz ter muitas saudades quando o tempo se torna distante.

E não sei se foi dos anos que já se passaram, se é desta fase da vida, se é da pouca atenção que lhes é reservada, se é do amor que também eles tinham em falta, mas, a verdade é que, agora tudo parece completamente diferente. Há aquela vontade de contar histórias, piadas, de olhar nos olhos, de comentar, de "ternurar" - tal vocábulo fosse possível na Língua Portuguesa. Há uma partilha mútua e sincera, há abraços e mimos qual gente pequena.

E é tão bom saber que afinal, as coisas nem eram nada como tínhamos, primeiramente, imaginado. Sorte de, pelo menos aqui, ainda irmos bem a tempo de "emendar" o mal-entendido. :)

Tenho um problema com o tempo; ou com a falta dele. Tenho um problema com ter um problema com o tempo; ou com a falta dele. Complicado, digerir coisas a mais num espaço a menos. Mais ainda quando são coisas a mais num tempo a menos. Ai.

Mas estou aqui; and certainly not going anywhere. :)

[Os posts que se seguem acima foram escritos durante estes dias.. sem qualquer formatação, rascunhados em qualquer folha de notepad. Finalmente tenho tempo para "arranjá-los". A cabeça não pára, mesmo que o coração às vezes se sinta apertado].