Voltei a andar pelo norte. Desta vez, sem Rede Nacional de Expressos que me valesse. Ou O., que cada dia acorda com uma decisão nova. Tinha comigo o Javardo e mais uma ou outra coisa de grande valor. :)
É quase como se fosse um voltar a casa, que não é minha, mas que me traz aquela familiaridade típica das casas onde crescemos ou onde passamos muito tempo em pequenos. Que não é nada disso, já que duvido ter crescido em altura desde 2005, mas que podia ser, num universo assim para o paralelo. Porque também se cresce quando já se é crescida. E não, não é só para os lados. :)
A C. desafia todos os meus sentidos, traz sempre algo de novo e enche-me de orgulho, por saber que a tenho na minha vida. Como diria o Rui Veloso, "haverá gente informada, se é amor isto que sinto". E creio que sim. Não se chama ninguém de mana velha à toa e depois as consequências estão à vista. Um relação de cão e gato, mas que vai sempre crescendo e que dá saudades, aún que no sea de presença, de conversa ou de toque. A saudade tem para aí muitas variantes. :)
E visitam-se coisas, fica-se acordado até tarde, em conversas ou de nada, ou de tudo. Não há grandes pressas, não há mapas e não há grande vontade em sair do carro, porque do lado de fora o conforto é menor. E partilha-se muito. Tanto que se perde a conta. E quem falta, está por perto, nem que seja no silêncio de um auricular. E, por momentos, pensa-se que a vida pode ser mesmo só isto. Uns bocadinhos aqui e ali, resmunguices e buzinadelas nos entretantos, uma chuva que molha até aos ossos, seguida de um sol que nos fere a vista.
E, no fim do dia, a certeza de que isto não acaba aqui. It wouldn't make any sense.
"We're all right where we're supposed to be."
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