Há coisas que não entendo.
Vai daí, é por isto que dizem que o amor é cego? Engraçado como sempre achei, segundo os contextos onde tal expressão era usada, que a cena do amor ser cego era porque importava mais a maneira como a pessoa era do que a maneira como se apresentava e se vestia e coiso. Talvez não. Talvez a expressão tenha uma contemplação bem mais ampla do que eu sempre imaginei e tenha andado enganada este tempo todo.
Acho piada (sem ter piada alguma) depois como as coisas se desmoronam. Como de palavras repletas de lamechice que não lembra a ninguém, se passa para o oposto da coisa e se dizem as maiores das barbaridades. Acredito piamente que, nas primeiras vezes, elas sejam apenas fruto da mágoa e da zanga e o raio; acredito também que, de tantas vezes serem ditas, acabam por ser como o sushi… primeiro estranha-se e depois entranha-se − e é esquisito. Então, mas espera... somos as mesmas pessoas? Ai somos. Ele há coisas que não entendo.
Entretanto, vão-nos dizendo de tudo. Quem está de fora tem sempre a maior das facilidades em apontar falhas, coisas que nos escaparam e tal. Aqueles conselhos, que sabemos serem os mais acertados, mas que nunca seguimos. Porquê? LOL Ora, gente estúpida mesmo. Claro que as coisas acabam por não ser como queríamos; se fossem e tudo corresse bem, as coisas não acabavam – simples.
Mas nem é isto que é importante… nem é isto que me intriga. O estranho mesmo é pensar que, à conta dessas parvoíces, em nome dessas zangas e das opiniões que se têm (sejam correctas ou não), se põe de lado tudo o que, um dia, teve a maior das importâncias. Se calhar, é mesmo assim. Os bonecos da Playmobil que já foram a minha vida, agora já não me dizem muito. Se calhar, é essa a ordem de ideias. Depois há o refúgio por detrás de uma honestidade que não joga com os padrões do resto do mundo, há a loucura quando a dor é a maior deste mundo, há o degredo só mesmo porque queremos parecer fortes e maus; e, finalmente, há a perversão, para colmatarmos todas as dúvidas que temos de nós próprios e das nossas aptidões para com o dito assunto.
E eu, não entendo. Posso rir, posso entrar nesse jogo do "toma lá, dá cá", "ah toma, sou mais forte e mau do que tu" e do "agora tu e depois eu"… mas... at the end of the day (que NÃO é como quem diz 'no fim do dia'), não vale de nada. O que se teve já não se tira, o que se perdeu já não se ganha, portanto, queimar a pestaninha para quê? Ah espera, porque somos crescidos e fortes e agora já sabemos sempre como ficar por cima. Vá lá... ao menos que se tenha aprendido uma posição nova no meio de tudo isto.
Só espero que seja verdade o que muita gente diz e acredita... isso de que as pessoas mudam. Porque se não tiverem mudado, há-de haver muita lágrima abafada na almofada, de noite, na merda, quando ninguém vê; e pior, simplesmente, não quer saber. Aí, tão fácil que é apontar o dedo, dizer isto e aquilo, acusar de tudo e mais alguma coisa, chamar isto e aquilo e dizer que é tudo da mesma laia. É fácil, só porque sim.
Há coisas que não entendo; provavelmente nunca vou entender. E acho que nem quero.
Assim sendo, acho que prefiro ir a pé para casa.
3 comentários:
LOL gosti do trocadilho final a condizer c a letra da músiquinha (L)
naaa.. somos todos mega crescidos!
O amor também devia ser surdo para não se ouvir certas e determinadas coisas...
E para que não te sintas mal...eu também não percebo!lol
Ah e não vais nada a pé, tens o super S.!:)
Beijinhos com açúcar
Hmn... ^o)
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