19 dezembro 2011
If you're gone - maybe it's time to go home.
Há anos que não ouvia isto.
Há anos que não fazia tanto sentido. 18 dezembro 2011
Paredes brancas. Tectos brancos. Batas brancas.
Lençóis brancos. Fronhas brancas. Luzes brancas.
Nunca percebi muito bem se todo este branco era para dar mais luz ou
para ver mais rápido e claramente o sujo. Mas sempre achei que lhe dava
um tom demasiado imaculado para as coisas às vezes demasiado feias que
podem ocorrer.
Dentro destas quatro paredes a cabeça parece um mecanismo que nunca
deixa de funcionar. Irónico como ao mesmo tempo tenho a sensação de que a
cabeça está completamente vazia ou isenta de neurónios.
Uma coisa é certa: estou sozinha aqui. Não só porque aqui não há ninguém, mas porque mesmo na altura em que ainda havia continuava a sentir-me sozinha. São aquelas coisas que sentimos, mas que não dizemos. Para quê?
E os minutos passam, as horas passam. Ouvem-se gritos de dor,
gargalhadas de alívio e os comentários de quem todos os dias conhece
gente nova e tem de ter sempre um sorriso na cara. Verdade seja dita,
nem sempre o conseguem. Mas a vida é complicada para todos.
14 dezembro 2011
Don't you know? Karma is a bitch.
"You didn't come here to see how I am. You came here to see how you
were, because you know in your heart what you did, you want to make sure
you're okay. (...) Don't use rational thought as a defense with me, not
after all you and I have seen. (...) There is no rational thought.
I
can't even pretend to have a conversation about anything else with you.
What it comes down to is faith. What I was hoping you would say is,
'S., I gave up, I gave up on us. I lost faith.' But what you came here
for was closure, and there is not a chance you are getting that from me.
I'm
not going to say I understand. I'm not going to sympathize with you and
tell you how hard it must be for you. But do you want to know how I am?
I am horrible, V., I am ripped apart. And not because I lost you, but
because if it had been me, I would have waited. I would have found the
truth. I wouldn't have given up on you. And now I realize what an
absolute waste that would have been."
Aquela sensação quando alguém que não sejas tu fala mal de alguém da tua família; aquela raiva quando alguém magoa uma das tuas pessoas só porque sim; aquela vontade de gritar com alguém que faz chorar ou sofrer as pessoas que amas.
Quando um dia perceberes que não me perdeste só a mim, mas também à mãe que era, sem sombra de dúvida, uma das tuas melhores amigas e que te amava e te tratava como a uma filha, vais provavelmente cair em ti e pesar-te-á na consciência a atitude estúpida e infantil e completamente desnecessária e despropositada que tiveste para com ela.
Isto se alguma coisa do que algum dia disseste era realmente verdade.
E isto, infelizmente, não é uma ameaça; eu já desapareci da tua vida de vez. É apenas mais um acumular ao rasto de dor que deixaste nas pessoas que se preocupavam contigo. Mais do que, ao que parece, te importava ou (talvez) merecesses.
Nada substitui a nada; ninguém substitui a ninguém. Garanto-te.
Um dia, será tarde de mais. Garanto-te.
12 dezembro 2011
Life goes on, it gets so heavy*
Elefantes e hipopótamos. Sim, acho que é isso. :)
*Every tear a waterfall
Lie in the bed you know or go.
Birmingham
Londres
Madrid
Porto
Newcastle
Saint-Lô
Caen
Paris
Berlim
Mas o vazio continua cá. Embora cada vez o mereças menos.
10 dezembro 2011
04 dezembro 2011
01 dezembro 2011
When did it stop being worth the time just to see it through?
Gostava de ser do tipo de pessoas que esquece tudo facilmente;
gostava de não dar importância aos pequenos detalhes;
gostava de saber por que me desprezas a este ponto;
gostava de controlar melhor as minhas emoções;
gostava de não sempre acreditar em quem confio;
gostava de poder voltar a ouvir DCFC sem que me doesse até ao tutano;
gostava de saber o que fazer com isto que me deixaste;
gostava de poder dizer-te as coisas que ficaram por dizer;
gostava de conseguir sentir-me melhor com apenas um abraço de um amigo;
gostava de ter sabido as coisas antes de vivê-las na pele;
gostava de poder ser saudável e espadaúda;
gostava de perceber se fui tão especial para ti como tu para mim;
gostava de ser crescida e seguir em frente;
gostava de deixar de chorar todas as noites para adormecer;
gostava de poder sorrir francamente;
gostava de ainda poder cheirar o teu cabelo antes de ser vencida pelo sono;
gostava de sentir que isto realmente tem de ser assim;
gostava de ver o futuro com bright eyes;
gostava de pensar que quem não te quer não te merece;
gostava de acreditar no que diz a mãe;
gostava de respirar sem que o peito doesse;
gostava de saber o que foi que mudou tanto;
gostava de pensar que as pessoas podem mesmo mudar;
gostava de poder ignorar o mal que me desejam;
gostava de gritar até ficar sem voz;
gostava de viver e pensar que vale a pena;
gostava de não ser parva;
gostava de aceitar que já não há nada a fazer;
gostava de ir para bem longe daqui;
gostava de escrever algo que fizesse sentido;
gostava de voltar a ser a pessoa que te encantou;
gostava de pensar que não foi tudo culpa minha.
Lá gostar, eu gostava de muitas coisas.
Ou então... não gostava. What do I know?
15 novembro 2011
Broken
Rejeitar, v. tr.
Desprezar, ter em pouca conta.
Rejeitar. Rejeição. Rejeitado.
Ando há meses a pensar no assunto, a tentar perceber como se ultrapassa isto. E oiço as opiniões de toda a gente (até de ti) e sei que todos querem o melhor para mim (uns mais, outros menos), mas são tudo noções muito teóricas e todas vão desabar no mesmo… dar tempo ao tempo. Onde se fecha uma porta, abre-se uma janela. Se não foi assim, era porque não tinha de ser. E por aí.
E o que mais quero é acreditar no que me dizem, é interiorizar as palavras sábias que poderiam dar paz ao meu espírito, mas não consigo. A impaciência é o pior dos meus defeitos e é como se já tivesse perdido a luta, muito antes sequer de começar a lutar. A minha intolerância para com os meus erros supera os limites do ridículo e às vezes gosto de pensar que isso nem é uma coisa tão má.. mas, parece que sim.
E por mais que me digas que o problema não fui eu, não sou eu, não posso acreditar em ti. Não consigo. Acho que se as pessoas desistem de ti, tem de ser por algo que tu és, disseste ou fizeste. E esta desistência era algo a que já estava habituada. Fizeste-me pensar que as coisas podiam ser diferentes, que as relações podiam ser boas, fortes e equilibradas. E eu acreditei em ti. Acreditei em ti como uma criança inocente acredita nas coisas que a mãe lhe diz. Acreditei e confiei em ti. Entreguei-me. Enganei-me.
Posso justificar tudo o que quiser, mas bottom line, tu não pudeste esperar. Não quiseste, não sabias (ou não quiseste saber) que ainda valia a pena esperar. E esta ruptura abrupta, too soon (como diz o Luke), deixou-me desfeita por dentro. Sinto-me como se fosse um serviço de loiça fina que cai inteiro no chão. Todos os cacos, pequeninos e desfeitos, demasiado pequenos para que possam ser recuperados, não vão poder remendar nada. E o que quer que seja construído depois de apanhados todos os cacos já nunca vai ser o mesmo que tinha antes. E isso, supostamente, é uma coisa boa. Ou, pelo menos, é isso que toda a gente me diz.
Só falta mesmo que eu também acredite que sim.
03 novembro 2011
Muda o teu mundo que eu mudei o meu.
Não te escrevo não porque não me apeteça, mas porque acho que prefiro guardar só para mim as coisas que tenho sentido ultimamente. Aprendi, com o tempo e a muito custo, que se conseguirmos calar-nos durante um tempo e guardar cá dentro as coisas feias e más, elas acabam por se tornar menos importantes. Acabam por doer menos e, chega aquele dia, em que a vontade de exteriorizá-las já nem existe.
E isto não acontece com tudo, claro que não (era bom, era!), mas acontece com cada vez mais coisas, pessoas e situações. E de quem é a culpa? Não há culpas N., não há mesmo. Ou, pelo menos, não me parece que haja. Há apenas pessoas que vale a pena ter nas nossas vidas e outras que não.
Tu, contrariamente ao que algum dia pude pensar, és daquelas que não.
And that's that.
And that's that.
18 outubro 2011
You've been bought and sold.
"You don't get to call me a whore. When I met you, I thought I had found the person that I was going to spend the rest of my life with. I was done. So all the boys, and all the bars, and all the obvious daddy issues, who cared? Because I was done. You left me. You chose Addison. I'm all glued back together now. I make no apologies for how I choose to repair what you broke. You don't get to call me a whore."
Meredith Grey in Grey's Anatomy
18 setembro 2011
30 agosto 2011
Skunk Anansie - Secretly
"The line 'You wanna do someone else, so you should be by yourself' really seems to me like it's about people who say they want 'space' and to be by themselves, when really they just want to sleep with someone else."
Indeed.
14 agosto 2011
Por todo me acuerdo de ti.
Olho para o ecrã e penso que há mil coisas que te podia escrever, dizer, sussurrar.
Volto a olhar e o ecrã continua vazio.
Porquê? Porque já não serve de nada.. já não tenho nada para te dizer que ainda queiras ouvir. E conseguiste fazer com que uma das melhores coisas que tinha ficasse manchada por uma parvoíce. Ou se calhar tu não conseguiste nada, eu é que deixei que conseguisses.
A moeda tem sempre dois lados. Ainda sabes isso ou também já te esqueceste?
10 agosto 2011
20 julho 2011
08 julho 2011
12 junho 2011
01 abril 2011
Cogumelo, já dizia o outro.
You gave me a life I never chose
I wanna leave but the world won't let me go.
I was the one with the world at my feet.
03 março 2011
20 fevereiro 2011
17 fevereiro 2011
Post-mortem
Isn't it hard. Standing in the rain.
You're on the verge of going crazy and your heart's in pain
No one can hear, but you're screaming so loud
You feel like you're all alone in a faceless crowd
Isn't it strange how we all get a little bit weird sometimes.
Sitting on the side. Waiting for a sign. Hoping that my luck will change.
Reaching for a hand that can understand, someone who feels the same.
When you live in a cookie cutter world being different is a sin.
So you don't stand out and you don't fit in.
Weird.
Falta muito para voltar a ser minimamente normal?
Or has that ship already sailed?
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