20 maio 2007

The Thrills - Not for All the Love in the World


Acho que não sei viver em contra-relógio. Pior do que isso... acho que não sei viver uma coisa de cada vez. Quero fazer tudo e não quero perder nada. Ou então quero apenas um bocadinho para ficar aqui, sentada, quieta. Só que não é fácil este estar sozinha no aftermath; custa perceber quão de tudo o que nos rodeia é realmente importante.

Bem sei que não foi pelas melhores razões que entrei naquilo. Também sei que nem sempre vi e ouvi o que devia e que raramente fui parcial. Tornou-se uma casa, though. Se o que define casa é um sítio para onde vamos e nos conhecem... nem sempre nos recebem da melhor maneira, mas nunca nos fecham a porta na cara. Melhor ou pior, os ocupantes passam a fazer parte da nossa vida. Sei que não expliquei tudo; sei também que não perguntaram com grande vontade de saber. Achei que estava a fazer o melhor que podia. Achei que esta sim era a melhor decisão. E ainda acho. Mas como em tudo na minha vida... acabo sempre por achar que podia ter feito de outra maneira, que podia ter evitado muita coisa. Mas não podia. Claro que não podia. Há coisas que não estão ao nosso alcance. A vida não dura muito e eu sinto-me a perder tempo.

Demasiados planos. Demasiadas perguntas. Demasiadas dúvidas. Tanto medo de que as coisas não tenham um final minimamente agradável. E não... não adiantou de nada terem avisado que isto ia ser assim. Não muda em nada a maneira como me sinto. Acho que nem todo o amor do mundo podia fazer com que pensasse de outra maneira; agora, neste instante.

Gostava que me percebesses sem que eu tivesse sequer de falar.

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