18 outubro 2007

The Cinematic Orchestra ft. Patrick Watson - To Build a Home


Quanto mais tempo passa sobre uma coisa, menos nos conseguimos distanciar do que teve realmente impacto. Quanto mais pensamos sobre isso, menos vontade temos de partilhar, tal é o medo de que algo se perca.


Não esperava nada do que se passou. Mas não sonhei nada, não foi fruto da minha imaginação.

Não sou muito tímida; pelo menos, nunca me foi apontado nada que me fizesse crer o contrário. Sou embirrante, isso sim. Não é toda a gente que me arranca um sorriso sincero, que me faz dar atenção ao que é dito. E, ao contrário do que se diz por aí, eu até custo a deixar que as pessoas façam mesmo parte da minha vida.



Portanto, não sei explicar o que aconteceu. Não sei exactamente dizer como não me senti deslocada. Como nada do que se dizia ou fazia me parecia perfeitamente descabido e fora do contexto do que tenho para mim como divertimento.



Sim, claro que há diferenças. Almoça-se a meio da tarde e janta-se quase à hora de dormir. Fala-se uma língua com uns e outra com outros. Defende-se a terra com unhas e dentes e não se dá sequer espaço ao que não faz parte daquilo em que acreditamos, com medo de que nos tirem o que agora já nosso. Não existe "se faz favor", "com licença" e "obrigado". E quando os há, ouvem-se mal. As ruas desenham-se todas pelo mesmo traço. A cor das fachadas não destoa. Os passeios estão limpos e o verde abunda. Não acompanhamos o mesmo ritmo. O metro chega sempre do lado contrário. O cão até ladra noutra onomatopeia.

Há uma luz diferente.
Há pessoas que se descobrem e que não nos são estranhas.
Há abraços que se dão, que contam mesmo.

Não sei. Não consigo dizer como foi; de tão bom.
Português, Catalão, Inglês, Castelhano e até um pouco de Italiano. A comunicação nem sempre parecia correcta, mas surgia sempre da maneira mais fácil. E todos nos entendemos.



É um mundo, é uma vida. É mais do que uma mão cheia de pessoas novas, de histórias que ainda não conhecíamos, de músicas que ainda não partilhámos. E quero mais. E vou ter. Já não falta muito para a acarinhar como uma casa; minha também. :)

2 comentários:

Anónimo disse...

ahhhh pois e, ahhh pois e! e esta treta q n tem acentos... nem faz dois pontos... (smile)

Somos a casa uns dos outros, mesmo qd n ha tecto. Carpe Diem, little sister. Life(aqui entra aquela ceninha do apostrofo)s too short.

E este comment e mesmo so para te dizer (aqui entram os dois pontos) Beijos de Praga! LOL Fica sempre bem receber uns beijos de Praga.

I(ceninha do apostrofo)m watching your back. Step ahed. (smile)

Anónimo disse...

é só uma prova...