30 março 2008


Odeio o mês de Abril. Não sei porquê. Quer dizer, até sei.
É um ódio minimamente recente e cada ano gosto menos.
Acho que tem a ver com a maneira como se diz. E do "Abril, chuvas mil". Sempre me soou muito mal.
Abro a excepção para o "25 de Abril", porque já se disse tantas vezes que fica entranhado. E é sinónimo de coisas. Coisas boas, algumas. Não sei.

Manias parvas que as pessoas têm.

We Are Scientists - After Hours


Voltei a andar pelo norte. Desta vez, sem Rede Nacional de Expressos que me valesse. Ou O., que cada dia acorda com uma decisão nova. Tinha comigo o Javardo e mais uma ou outra coisa de grande valor. :)

É quase como se fosse um voltar a casa, que não é minha, mas que me traz aquela familiaridade típica das casas onde crescemos ou onde passamos muito tempo em pequenos. Que não é nada disso, já que duvido ter crescido em altura desde 2005, mas que podia ser, num universo assim para o paralelo. Porque também se cresce quando já se é crescida. E não, não é só para os lados. :)

A C. desafia todos os meus sentidos, traz sempre algo de novo e enche-me de orgulho, por saber que a tenho na minha vida. Como diria o Rui Veloso, "haverá gente informada, se é amor isto que sinto". E creio que sim. Não se chama ninguém de mana velha à toa e depois as consequências estão à vista. Um relação de cão e gato, mas que vai sempre crescendo e que dá saudades, aún que no sea de presença, de conversa ou de toque. A saudade tem para aí muitas variantes. :)

E visitam-se coisas, fica-se acordado até tarde, em conversas ou de nada, ou de tudo. Não há grandes pressas, não há mapas e não há grande vontade em sair do carro, porque do lado de fora o conforto é menor. E partilha-se muito. Tanto que se perde a conta. E quem falta, está por perto, nem que seja no silêncio de um auricular. E, por momentos, pensa-se que a vida pode ser mesmo só isto. Uns bocadinhos aqui e ali, resmunguices e buzinadelas nos entretantos, uma chuva que molha até aos ossos, seguida de um sol que nos fere a vista.
E, no fim do dia, a certeza de que isto não acaba aqui. It wouldn't make any sense.

"We're all right where we're supposed to be."

Procrastinar, é a palavra do momento.


Tenho imensa vontade de escrever. De tudo, sobre tudo.
É algo que me anda a perseguir há já uns dias.
Curiosamente, é a última coisa que tenho feito.
Seja em blogs, em Zap books, em Word ou onde quer que seja.

Acho que vem tudo da preguiça. Sabia há já uns tempos que ia ter uma semana "livre", então fiz uma dezena de planos, de coisas que queria fazer e resolver nesse espaço de tempo. Que, parecendo que não, ainda é muito. Prometi a mim mesma que não me ia preocupar muito com o outside world e que ia mesmo fazer o que tinha pensado. Claro, claro; com certeza.

Primeiro, foi um favor que já vinha atrasado, depois foi a J. que foi para França, depois foi o favor ao meu irmão, depois foi isto e depois foi aquilo. Por fim, fui eu que desisti dessa ideia e resignei-me ao facto de ter de dar a semana como perdida. E hoje, domingo, dou o feito por não feito e sei que amanhã vai ser tudo à última da hora. Há coisas que são mesmo assim.


P.S. - Aproveito para informar que a secção de favores está fechada para obras, com reabertura incerta, sobretudo se o assunto envolver tempo perdido sem rendimento que se note e/ou computadores. Muito agradecida.

07 março 2008

The National


You know I dreamed about you
for twenty-nine years before I saw you.

You know I dreamed about you, I missed you for... for twenty-nine years.

Esta música é... (L).

E sim, como disse a M., tivesse ele tido twenty-four and 2/3 , e seria perfeito.

Ninguém tem por aí um bilhete a mais, não? Pretty please? :\